Esta sexta-feira é de celebração para a música erudita. Há exatamente 210 anos, no dia 22 de outubro de 1811, o compositor, pianista e maestro Franz Liszt nasceu em um lugarejo chamado Dorboján que à época pertencia à Hungria.
Filho de um músico, Franz Liszt começou a estudar obras complexas de compositores como Bach e Mozart ainda na infância. Com 10 anos, ele era considerado um virtuose e foi enviado para Viena (Áustria) quando começou a estudar piano com Carl Czerny e composição com Antonio Salieri (que fora, inclusive, professor de Beethoven).
O galã da música erudita
Com o passar dos anos, Franz Liszt começou a rodar a Europa e arrebatar fãs. Com um estilo que chamava atenção, composições dificílimas de se executar e a dispensa de partituras em apresentações ao vivo, ele se tornou o primeiro superstar da história da música. Havia até um nome para a reação histérica de fãs (principalmente mulheres) às suas apresentações: Lisztomania.
Depois de muitos excessos, mulheres e viagens, ele decidiu, em 1847, largar os palcos para se dedicar às composições. No período, ele conheceu a princesa Carolyne zu Sayn-Wittgenstein, com quem ficou até o fim dos seus dias.
Franz Liszt e Carolyne nunca foram casados porque ela já havia tido uma relação com outro homem (que estava vivo) e a Igreja Católica nunca autorizou o matrimônio. Em 1865, Franz Liszt se tornou abade da Igreja Católica e a relação, de acordo com relatos da época, se tornou platônica. Franz Liszt morreu em 11 de julho de 1886, aos 74 anos (oito meses antes de Carolyne), em Bayreuth (Alemanha).
Legado musical
O compositor deixou um legado imenso de composições e influência na música, não só erudita. Dentre suas principais composições estão as Rapsódias Húngaras para Piano, a Sonata em Si menor, os Concertos para Piano e os Poemas Sinfônicos. Liszt foi o precursor deste tipo de obra, que criava músicas com base em poemas ou textos literários. As obras Fausto e Hamlet foram algumas das que viraram composições musicais nas mãos dele.
Muitas de suas obras inspiraram artistas. Confira a playlist.
Os conteúdos são interpretados pelos pianistas Marina Spoladore (Balada nº 2), Ciro Magnani (Aprés une Lecture du Dante (Fantasia quasi Sonata)), Cristiano Vogas (Sonetos 47, 104 e 123) e Aleyson Scopel (Estudo Transcendental nº 11).
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