A observação de que gestantes e puérperas apresentam maior risco de desenvolver as formas grave da COVID-19 e, consequentemente, maior risco de morte materna foi a principal motivação para que a SOGESP se posicionasse favorável a vacinação neste grupo de mulheres.
Neste momento, o maior número de casos graves de COVID-19 tem ocorrido em grávidas não vacinadas, particularmente no terceiro trimestre.
De acordo com os dados do Observatório Obstétrico COVID-19, até 29 de setembro mais de 700.000 gestantes receberam a primeira dose de vacina anti COVID e 58% destas receberam a segunda dose. Embora muitas gestantes ainda não estejam completamente imunizadas, estes dados apontam uma importante redução nos casos de morte materna após o início da vacinação.
Diante da recomendação do Ministério da Saúde do Brasil para que seja oferecida a dose de reforço da vacina anti-COVID-19, em grupos como idosos e profissionais da saúde, no mínimo seis meses após a segunda dose da vacina, a SOGESP tem orientado os colegas ginecologistas e obstetras a recomendar que as gestantes e puérperas que receberam o esquema vacinal de duas doses, seja Coronavac ou Pfizer, recebam a dose de reforço seis meses após completar o esquema vacinal.
De acordo com publicação do Royal College of Obstetricians & Gynaecologists, de 16 de setembro de 2021, milhares de grávidas já foram vacinadas e estes imunobiológicos são eficientes e seguros.
Portanto, grávidas e puérperas devem receber o esquema vacinal completo para COVID-19 (duas doses) de Coronavac ou Pfizer, além da dose de reforço seis meses após a segunda dose do esquema vacinal. O Ministério orientou que outras vacinas como influenza, DTPa podem ser realizadas no mesmo momento da vacina anticovídica.
(com assessoria)