Rinite alérgica, asma, gripe, sinusite e bronquite são algumas doenças respiratórias que tendem a se agravar no inverno, época em que a umidade relativa do ar fica mais baixa. Neste período, os cuidados devem ser redobrados e medidas simples podem ser adotadas para aliviar os sintomas das doenças, trazendo mais conforto quando o tempo estiver mais seco.
De acordo com a coordenadora do curso de enfermagem da Unopar, Maria Helena Mattosinho, a diminuição da umidade, que é uma das características do inverno, acaba causando o ressecamento da pele e das mucosas, favorecendo as manifestações alérgicas e doenças respiratórias. “Nessa época do ano, por conta da baixa umidade, existe uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que propicia o aparecimento de doenças respiratórias. No frio, o transporte do muco, que é uma barreira natural de defesa para as vias aéreas inferiores para as superiores, fica comprometido, fazendo com que as doenças respiratórias apareçam com mais intensidade”, explica.
A especialista explica ainda que, em Londrina, as chuvas estão abaixo do esperado e a população já começa a sentir os primeiros efeitos da estiagem com a diminuição da umidade. O problema é ainda mais grave em julho, com a chegada do inverno. “Estamos com chuvas muito abaixo do esperado e isso gera uma queda da umidade do ar, gerando dificuldade para respirar. Além disso a pele fica ressecada. Uma dica muito importante é priorizar a umidificação do ambiente e a ingestão de muito líquido, para evitar uma doença respiratória”, diz.
A profissional de saúde acrescenta ainda que a atenção deve ser redobrada, principalmente porque, em muitos casos, os sintomas são parecidos aos da Covid-19. “Esse é o segundo inverno que enfrentamos em meio à pandemia da Covid-19. É de extrema importância manter os cuidados e ficar atento ao próprio histórico de doença, ou seja, mesmo pessoas que não tem doenças respiratórias previamente diagnosticadas podem perceber como o organismo reagiu nos anos anteriores, pois é um padrão essas doenças se manifestarem nesta época do ano”, completa.
A professora destaca que muitas pessoas acabam optando pelo uso de suplementos vitamínicos para reforçar o sistema imunológico, porém ela orienta que o uso desses medicamentos só seja realizado com orientação médica. “As vitaminas e suplementos auxiliam na melhora da imunidade, porém é necessário realizar exames laboratoriais para saber qual a atual dosagem desses componentes no nosso organismo e se estamos precisando da complementação. A avaliação e indicação médica são essenciais na escolha da melhor suplementação para deixar sua imunidade em alta. Uma alimentação saudável, rica em nutrientes, também contribui para a imunidade”, explica.
Para diminuir os efeitos do inverno, a enfermeira indica alguns cuidados que podem ser tomados para aliviar sintomas, evitar doenças respiratórias e passar pelo período com mais conforto:
•Mantenha o organismo hidratado;
•Vacine-se anualmente contra a gripe;
•Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça;
•Mantenha o ambiente arejado. As bactérias ficam concentradas em ambientes fechados, por isso é importante evitar esses locais fechados;
•Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar;
•Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
•Lençóis, edredons e roupas devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessário ( pessoas que já possuem problemas respiratórios como bronquite, asma e sinusite devem evitar o contato com bichos de pelúcia, tapetes e produtos que possuem pelos);
•A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.
(com assessoria)