Turismo

Maior trilha aquática do Brasil, Rota dos Pioneiros retoma as atividades

28 set 2020 às 15:46

A Rota dos Pioneiros, maior trilha aquática do Brasil e que deve se tornar a maior do mundo, está retomando suas atividades. O grupo de voluntários responsável pela demarcação da rota ao longo do Rio Paraná e de seus afluentes voltou a fazer a sinalização do percurso, depois de uma interrupção de sete meses por causa da pandemia do novo coronavírus. Alguns passeios de caiaque pelo rio também voltaram a ser oferecidos por guias locais.

A iniciativa está alinhada e reforça a estratégia do Governo do Estado, adotada desde o ano passado,  de estimular o turismo de aventura e natureza para divulgar as belezas do Paraná e buscar o desenvolvimento econômico, com sustentabilidade, e movimentar as diversas regiões do Paraná.

A Rota dos Pioneiros é uma trilha de longo curso com a previsão de ter 400 quilômetros de extensão, conectando diferentes unidades de conservação nas proximidades dos rios Paraná, Paranapanema e Ivinhema. Na semana passada, a equipe de voluntários fez a sinalização de um percurso de 29 quilômetros pelo rio, interligando o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, ao Porto Natal, em Querência do Norte, no Noroeste do Paraná.

Com esta nova etapa, a trilha conta agora com 127 quilômetros já demarcados, 32% do percurso original. A ideia é que este trecho seja percorrido de caiaque ao longo de dois dias, passando por ilhas e canais em uma região rica em biodiversidade e vegetação exuberante. Os visitantes podem observar jacarés, bugios e capivaras ao longo da trilha aquática e, no parque estadual, é muito comum encontrar o cervo-do-pantanal. Para os amantes da observação da avifauna o parque, com 302 espécies de aves, é um prato cheio.

CORREDOR DE BIODIVERSIDADE - A rota, que faz parte da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso (Redetrilhas), funciona como um corredor de biodiversidade em uma região singular do País, e além do caiaque, conta também com trilhas terrestres que podem ser percorridas a pé ou de bicicleta. As margens do Rio Paraná – nas divisas entre o Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul – são marcadas pela transição de três dos principais biomas brasileiros: Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado.

Além disso, é também um importante atrativo em uma região onde o ecoturismo ganha cada vez mais adesão, aproveitando as belezas das ilhas e praias naturais que se formam no Rio Paraná. A proposta, explica o biólogo Erick Xavier, secretário-geral da Redetrilhas e um dos idealizadores da Rota dos Pioneiros, é desenvolver o turismo de base comunitária, em que a população dos municípios ribeirinhos tem novas oportunidades de negócio, com a oferta de serviços de guia, hospedagem, alimentação e aluguel de equipamentos.

“Os visitantes precisarão de condições mínimas que atendam suas necessidades básicas, como áreas de camping, sanitários com chuveiros e fonte de água potável. Por isso, os portos ao longo do Rio Paraná são estratégicos para alavancar o turismo regional, além de ser uma oportunidade para a geração de emprego e renda”, afirma.

AEN