O Stein Cascavel está às vésperas de disputar a Libertadores da América de futsal feminino pela primeira vez. A competição será em Assunção e o elenco cascavelense viaja na noite desta quinta (01), às 22 horas, para a capital do Paraguai. Na manhã desta quinta, o time fez trabalhos em academia e à tarde faz o último treino no ginásio da Neva. A estreia na ‘Liberta’ será no próximo domingo (04) contra o Peñarol do Uruguai. O time cascavelense ganhou o direito de representar o Brasil na competição continental depois de ter sido campeão da Supercopa de futsal, no mês de março, dentro de casa. Aliás, naquela dramática decisão contra o Taboão da Serra, que teve até disputa de pênaltis, Camila foi a capitã da equipe e levantou a taça. Agora, ela está preparando os braços para levantar um novo troféu, a Libertadores da América. Se ela vier será a conquista mais importante da história do Stein Cascavel. “O bíceps está forte aqui”, brincou ela. “A gente tem uma preparadora física e uma comissão técnica muito competentes. Todos eles trabalharam incansavelmente para que a gente estivesse no nosso melhor momento nesta competição”, explicou ela.
Camila também falou da responsabilidade de conquistar a Libertadores, o que pode ocasionar um feito inédito para a cidade de Cascavel: as duas equipes que representam o futsal da cidade conquistarem a Libertadores na mesma temporada. Neste ano, o Cascavel Futsal já disputou o torneio na Venezuela e voltou para casa com o bicampeonato. “E vamos em busca deste troféu para a cidade de Cascavel. E fazer um feito histórico: a Copa Libertadores ser conquistada pelos dois gêneros na mesma cidade”, disse Camila.
Experiência
O Stein Cascavel busca o primeiro título da Libertadores da América. Mas tem em seu elenco que já tiveram o privilégio de serem campeãs desta competição. Uma delas é Camila, que faturou a América com o Cianorte em 2019. Ela lembra que foi o primeiro time do Paraná a conquistar o torneio internacional. “A Libertadores é o título máximo em nível de clube. Tive o privilégio de ter disputado a edição de 2019 e ter sido campeã. Foi a primeira vez que uma equipe do Paraná teve esse título. É uma competição bem diferente do que a gente está habituado. São jogos de mais força física. Acredito que essa vai ser a nossa maior dificuldade, essa questão do estilo de jogo. Mas é uma competição incrível de se jogar, uma organização acima da realidade e uma estrutura muito boa”, disse.
Dinastia
Camila chegou ao Stein Cascavel no início da temporada de 2021. E fez parte de praticamente toda a dinastia vitoriosa da equipe com sete títulos: dois Paranaenses, uma Copa do Brasil, uma Liga Feminina de Futsal (LFF), uma Taça Brasil de Clubes, uma Copa Mundo do Futsal e a Supercopa de futsal conquistada esse ano. Portanto, a equipe vai em busca do oitavo título sob o comando do técnico Márcio Coelho. “Eu tenho certeza que o Stein vem colhendo frutos por toda a estrutura que a gestão do clube nos proporciona. Isso faz a diferença. Eu não tenho do que reclamar, sou muito abençoada, não só no Stein, mas em todos os clubes que passei. Eu fiz história ganhando títulos, alguns inéditos para os clubes. E o Stein, em quatro anos de projeto, conquistar o que vem conquistando é algo impressionante. Fico muito e muito grata por fazer parte feliz por fazer parte deste grupo e de toda essa história”, disse a capitã.