O Cascavel está entre a ‘cruz e a espada’. O time teve uma semana tumultuada com uma longa viagem até Pernambuco para a disputa da primeira fase da Copa do Brasil. Se o time tivesse passado pelo Petrolina, tudo bem. O detalhe é que foi eliminado da competição de mata-mata com a derrota por 3 a 2. Logo, para o mês de março, que recém começou, restou para o time de Matheus Costa a disputa dos mata-matas do Campeonato Paranaense.

E estes são jogos decisivos não somente para o sonho do título do Estadual. Mas garantem calendário nacional para o ano que vem. Por exemplo: Copa do Brasil para o Cascavel só em 2025. No entanto, a Serpente Aurinegra só garante a presença na próxima Copa do Brasil se passar pelo Maringá nas quartas de final do Campeonato Paranaense. O jogo de ida será nesta segunda-feira (04), às 20 horas, no Estádio Olímpico Regional, fechando a rodada de ida das quartas. A partida de volta será no próximo sábado (09), em Maringá. Ou seja, o Dogão é um confronto direto da Serpente Aurinegra por essa vaga. E também é um concorrente direto por uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Se bem que o Cascavel vai disputar a quarta divisão esse ano com o intuito de conquistar o acesso à Série C. Mas se ele não vier, o time precisa confirmar o calendário nacional para o ano que vem via Campeonato Paranaense.

O desafio é gigantesco para o time de Matheus Costa. Isso porque, em virtude da viagem e do jogo contra o Petrolina, o Cascavel teve treinamentos reduzidos ao longo da semana. No entanto, o maior desafio é resgatar a autoestima dos atletas após a queda na Copa do Brasil. Além disso, o Cascavel irá enfrentar um adversário em alta e que avançou na competição de mata-mata. Na quarta-feira, o Maringá despachou o América-MG com a vitória por 2 a 0 que, a propósito, é um time bem mais robusto que o modesto Petrolina. Sem contar que o Maringá é o time do interior com a melhor campanha do Paranaense. O Dogão terminou a fase de classificação no terceiro lugar com vinte pontos e só perdeu a invencibilidade na última rodada, quando foi superado pelo Londrina por 3 a 1.

Dentro de campo, Matheus Costa não deve promover mudanças radicais em relação aos dois últimos jogos. No entanto, ele perdeu uma peça importante: o atacante Vitinho cumpre suspensão automática pelo acúmulo de cartões amarelos. Mesmo sendo reserva, o atleta vinha entrando bem nos jogos e foi o autor de um dos gols do Cascavel na derrota por 3 a 2 para o Petrolina.

Retrospecto

Além de todas as adversidades, o Cascavel luta ainda para acabar com o longo jejum diante do Maringá. O time não vence este adversário desde o jogo de ida das quartas de final do Paranaense de 2021. Ou seja, são quase três anos sem vitória sobre o Maringá. Neste período, ambos fizeram oito jogos com quatro vitórias do Dogão e quatro empates. Neste ano, os dois times empataram em 1 a 1 pela quarta rodada com o interino Cesar Bueno no comando, em Maringá. O Cascavel saiu na frente com Garraty, mas o Maringá empatou no finzinho da partida com Vilar, de cabeça.

Gols de cabeça

Os problemas não param por aí. O Cascavel tem sofrido com uma situação crônica nesta temporada no setor defensivo. Bola aérea é um verdadeiro pandemônio. Dos doze gols que o time sofreu na temporada, oito foram de cabeça. Na última quarta-feira, o problema crônico acarretou na queda da Copa do Brasil. O Petrolina marcou duas vezes de cabeça, um deles nos acréscimos. No Estadual, o Cascavel tomou seis gols de cabeça.