Há quem diga que o motocross seletivo. De fato, não é todo mundo que tem condições de praticar esse esporte a motor. Isso em razão do investimento que é preciso ser feito. Mas uma coisa é certa. Quem deseja ser piloto tem o sonho de voar pelos ares sobre a moto. Sonha em sentir a adrenalina da aterrissagem após a manobra. Sonha em desafiar as leis da Física para contornar a curva em alta aceleração. E claro, sonha em cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. São esses sonhos que embalam os amantes do motocross, desde o garoto até os mais grandinhos. Aliás, qual garotinho não gostaria de ter uma pequena moto de 50 cilindradas como brinquedo? E participar de uma brincadeira que é uma verdadeira aventura na pista de terra numa prova de Motocross?
Bom, para o Heitor Franzolli, de sete anos, essa brincadeira acontece. E ele leva muito a sério. O pequeno piloto pratica motocross desde os quatro anos. E participou da segunda etapa do Campeonato Paranaense em Cascavel no último fim de semana, nos dias 22 e 23 de abril. Ele conta que se diverte nas pistas. Mas por orientação do pai, o Marllus Franzolli, que também é piloto, ele se dedica no esporte. E também se mostra destemido nas pistas. “Não tenho medo não. Tenho que ir para cima e tem que acelerar. Não pode ter medo porque o pai investe muito. Meu pai sempre fala que eu tenho que acelerar e dar o meu melhor”, disse o pequeno piloto, que herdou o motocross do pai e do avô, o Paulo. Ele confessa que, em cada prova, é uma verdadeira diversão. “Para o meu pai é algo sério. Mas para mim, eu faço mais pelo esporte que eu gosto muito, tem bastante adrenalina. Não faço só pelo meu pai que andou de moto. Faço por mim porque gosto de emoção”, disse.
O discurso comprova que o pequeno piloto tem experiência nas pistas. Inclusive, antes da etapa do Paranaense, Heitor participou pela primeira vez de uma etapa do Campeonato Brasileiro, em Sorocaba nos dias 15 e 16 de abril. De acordo com o pai, a prova no interior paulista não foi muito boa para Heitor, que até fez uma boa largada, mas o pequeno piloto sofreu uma queda.
Em Cascavel, Heitor participou da categoria Minimotos e ficou com o sexto lugar. Aliás, ele foi um dos mais de 400 pilotos inscritos no Paranaense, o que agradou a organização. A meta de Marcelo Rodrigues agora é trazer o Campeonato Brasileiro de Motocross para Cascavel, já que a pista tem homologação para sediar um evento deste porte. “Prova muito boa, superou sim as nossas expectativas, já que o nosso circuito teve 100% de elogios dos pilotos. E o AMX Cascavel vem trabalhando todos os anos para melhorar cada vez mais. Estamos planejando neste ano, quem sabe, o Campeonato Brasileiro de Motocross, já que a nossa pista tem toda a infraestrutura para receber esse tipo de campeonato. Claro que temos que buscar parcerias com a Prefeitura de Cascavel, Governo do Estado e Governo Federal. E mais uma vez colocarmos Cascavel no cenário do motociclismo”, disse Marcelo.
E se o Brasileiro vier, o Heitor volta para Cascavel com todo o seu equipamento para uma nova diversão.
Reportagem exibida no Tarobá Esporte desta terça-feira (25)