A Seleção Brasileira de handebol em cadeira de rodas foi campeã mundial da modalidade, no evento que foi disputado no mês passado, em setembro. E a equipe contou com dois atletas que fazem parte da Associação do Paradesporto de Cascavel. A Cristiane Krüger e o Paulo Ricardo voltaram para casa com a medalha de ouro no peito e com o sentimento de dever cumprido por terem defendido a camisa verde e amarela. “Não tem explicação, foi meio surreal. O Egito já é surreal e ganhar um Campeonato Mundial, poder estar representando o nosso Brasil, com essa camisa no peito, estar representando a nossa nação, foi algo surreal”, disse Cristiane.
Além de ser jogador de handebol, Paulo também é jogador de basquete em cadeira de rodas. Ele lembrou da decisão que ocorreu no Egito contra a seleção que foi a anfitriã do evento. “Chegamos na final com um jogo emocionante, decidido nos shot outs, que é o chute de sete metros. Fizemos a final contra o time da casa, com casa cheia, muita pressão, mas o Brasil mostrou porque era favorito”, explicou.
Já Cristiane também é praticamente de paracanoagem. Mas o forte dela é mesmo o handebol. Ela explicou que este foi o primeiro Mundial da modalidade com equipes mistas, já que em países europeus, por exemplo, a prática de handebol para cadeirantes não é tão comum. “Infelizmente no handebol e em várias modalidades paralímpicas a participação feminina é muito pequena. Isso não acontece no nosso país, mas em países da Europa não tem times femininos. Então organizar o torneio misto foi uma forma que a IHF achou para incentivar outras mulheres para que possam estar participando”, disse.
Os dois paratletas aguardam uma nova convocação, já que o Brasil terá outro Mundial de handebol em cadeira de rodas ainda este ano, em Portugal.
