Durante a viagem de Cascavel para São Paulo, na tarde desta sexta-feira, o experiente piloto me deu um leve ‘puxão de orelhas’: “Luciano, você disse que eu vou receber o Capacete de Ouro. Na verdade, eu vou ser homenageado no evento Capacete de Ouro, que é organizado pela Revista Racing, em conjunto com a Confederação Brasileira de Automobilismo”. Mas nem ele, Pedro Muffato, sabia que voltaria para casa com um troféu dourado, o Capacete de Ouro, uma justíssima homenagem a ele, que foi campeão da temporada passada da Fórmula Truck. Os olhos do experiente piloto de 83 anos ao ver o maravilhoso troféu em suas mãos brilharam. Foi o mesmo brilho em seus olhos depois de algumas voltas no caminhão de número 20, que Muffato irá guiar nesta temporada da Truck. O mesmo brilho quando ele, Pedro Muffato, subiu no lugar mais alto do pódio no dia 10 de dezembro de 2023, o dia em que ele foi campeão da categoria dos brutos. O mesmo brilho de quando ele fez a primeira prova no automobilismo, ao guiar o Simca de número 32 em 1966...
Pedro Muffato foi laureado com dois troféus, um da Revista Racing, o Capacete de Ouro, e outro da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Isso em virtude dos incontáveis feitos em prol do esporte a motor. Em quase 60 anos de história nas pistas, Muffato acumulou centenas de troféus. Mas os dois que ele levantou na noite desta sexta-feira foram mais especiais porque sucederam ao título da Fórmula Truck.
Aliás, como o próprio Pedro Muffato descreveu, o Capacete de Ouro, o Oscar do Automobilismo Brasileiro, reuniu a ‘nata’ do esporte a motor, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (15). A organização homenageou todos os campeões nacionais da temporada passada e pilotos que representam o Brasil no exterior.
Por exemplo, um dos prêmios foi destinado a Lucas Di Grassi, que estará no grid da Fórmula E, neste sábado (16), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. E o campeão da Stock Car, o piloto paranaense Gabriel Casagrande, também foi laureado. E entre tantos nomes de peso, o nome de Pedro Muffato se destacou. Aliás, ele é respeitado não apenas no universo do automobilismo. Pedro Muffato é reverenciado também por pessoas de outras modalidades esportivas. Quem prestigiou o amigo no evento em São Paulo foi o ex-goleiro de Internacional, São Paulo, Flamengo e Seleção Brasileira, Gilmar Rinaldi. Gilmar confidenciou que a amizade com Pedro Muffato começou muitos anos atrás, quando ele, ainda dando os primeiros passos na carreira de atleta, foi ver de perto das façanhas do piloto Pedro Muffato numa corrida com pista de terra em Joaçaba, em Santa Catarina. Gilmar relatou que ele, parentes e amigos ampararam o piloto depois de uma quebra do carro. E depois deste auxílio, Muffato ganhou a prova.
E Pedro Muffato também contou uma história de Gilmar Rinaldi. A convite do amigo, ele foi assistir a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Gilmar fez parte do elenco do técnico Carlos Alberto Parreira que faturou o tetracampeonato do Brasil.
Muffato foi reverenciado por ex-companheiros de pistas, como Paulão Gomes, um dos grandes vencedores da Stock Car. E por Reginaldo Leme, comentarista de Fórmula 1 da Band. “Pedro Muffato é o meu segundo pai”, resumiu ele.
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