Deve ser fácil demais ser torcedor e torcedora do Stein Cascavel. É um dos maiores times de futsal feminino do Brasil e da América do Sul. Se tem uma decisão pode ter certeza que o Stein está envolvido. Mas essa facilidade por torcer pelo multicampeão gera um ônus: o torcedor fica exigente demais. E não quer outro resultado que não seja mais um título.
Bem, o Stein Cascavel comemorou mais um título neste domingo (07), a Supercopa de futsal, que foi disputada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Foi a primeira competição oficial do time cascavelense na temporada. E foi um torneio de tiro curto para levantar o troféu, as comandadas do técnico Márcio Coelho fizeram apenas quatro jogos. A Supercopa começou na última quarta-feira. De lá para cá, o Stein fez um jogo por dia e só folgou na quinta, na segunda rodada. Mas foi uma competição de um peso gigantesco, que enrobusteceu a temporada do time cascavelense. Isso porque, o campeão da Supercopa será o representante brasileiro na próxima Libertadores da América de futsal feminino, que será na Bolívia, no mês de julho. O Stein é o atual campeão da América e irá em busca do bicampeonato. Mas para buscar o bicampeonato, o time cascavelense teve que repetir o caminho que fez em 2023. No ano passado, venceu a Supercopa e depois foi campeão da Libertadores.
Quando digo que o torcedor do Stein é exigente é porque esse mesmo torcedor deu uma torcida de nariz quando o time sofreu para empatar com o Leoas da Serra na estreia da Supercopa, a primeira partida oficial da equipe de Márcio Coelho. Mas depois, o Stein voltou a ser o Stein. Goleou o SERC/UCDB, o anfitrião, por 7 a 0. Nas semifinais, sofreu para eliminar o tradicional Female de Chapecó, com vitória por 4 a 2, num jogo que teve prorrogação. Com isso, a final ocorreu contra o tradicional rival Taboão da Serra, neste domingo. E que jogo sofrido! O Stein conseguiu abrir o marcador na etapa final com Simone. Depois disso, Camila foi expulsa após receber o segundo amarelo. O time suportou a pressão das paulistas e conseguiu o título com a vitória por 1 a 0, com gol que saiu num chute de Simone com desvio de Jaque Nunes e com grande atuação da goleira Bianca, arqueira de Seleção Brasileira de futsal. Com o título da Supercopa, o Stein garantiu presença na próxima Libertadores. E se credencia para o bicampeonato.
A equipe cascavelense manteve a supremacia sobre o Taboão. Esta foi a sexta final de competições nacionais entre os dois times. E o Stein comemorou o quinto título. Foram duas Supercopas, já que a final repetiu a final de 2023, duas edições da Liga Feminina de Futsal (LFF), e duas Copas do Brasil, com um título para cada lado. Ou seja, no placar de decisões, 5 a 1 parao Stein.
E Márcio Coelho ampliou ainda mais a dinastia de títulos. Esta é a quarta temporada do treinador no comando do time cascavelense. E Coelho comemorou o seu 12º título. Foram duas LFF, duas Supercopas, três edições do Campeonato Paranaense da Série Ouro, uma Copa do Brasil, uma Taça Brasil de Clubes, duas edições da Copa Mundo do Futsal e uma Libertadores da América.