Há exatamente um ano, o Stein Cascavel conquistava a Liga Feminina de Futsal (LFF) pela primeira vez. A final da edição de 2022 ocorreu contra o Taboão da Serra e a partida decisiva ocorreu no ginásio da Neva, no dia 19 de novembro. Na ocasião, as meninas do técnico Márcio Coelho necessitavam da vitória para forçar uma prorrogação. Os dias que antecederam o jogo foram de grande tensão, já que o Stein havia sido derrotado pelo Taboão da Serra por 6 a 0 no jogo de volta. Mas, na volta, as meninas deram um verdadeiro espetáculo. Derrotaram o Taboão da Serra por 7 a 1, levaram o jogo para o tempo extra e venceram por 1 a 0.
Depois daquele jogo, o Stein faturou outros quatro títulos: foi campeão do Paranaense da Série Ouro, na edição de 2022, venceu a Supercopa de futsal, esta numa final contra o Taboão da Serra, venceu a Libertadores da América e a Copa Mundo do Futsal.
Neste sábado (18), um ano depois da primeira conquista da LFF, o Stein Cascavel pode conquistar a competição nacional mais uma vez. Para comemorar obicampeonato, o time de Márcio Coelho necessita de um empate. E mais uma vez a decisão será contra o tradicional adversário, o Taboão da Serra. O jogo de volta será às 19 horas, no ginásio Zé do Feijão, em Taboão da Serra. Os dois times se enfrentaram no sábado passado, no ginásio da Neva, e o Stein venceu por 4 a 2, o que lhe garantiu a vantagem de jogar pelo empate hoje. O Taboão necessita da vitória para forçar a prorrogação. E se isso ocorrer iguala tudo. Nenhuma das equipes terá a vantagem de jogar pelo empate. Em caso de igualdade no tempo extra, a decisão do título será nos pênaltis. Antes da final da LFF do ano passado, Stein e Taboão fizeram outras duas finais de competições nacionais. Ambos se encontraram nas duas decisões da Copa do Brasil. Na primeira delas, em 2021, o Stein venceu o jogo de ida e fez a festa de campeão na casa do adversário. Já no ano passado, o time cascavelense até havia vencido o jogo de ida. Mas na volta, em Taboão, perdeu no tempo normal e na prorrogação. Com isso, o título foi para o Taboão da Serra.
Márcio Coelho quer tirar proveito dessa experiência negativa para que o Stein consiga administrar a vantagem adquirida no jogo de ida, em casa. “Acho que tem sido um ano muito duro. Já começamos a decidir coisas importantes em março. A Supercopa, se for ver, era uma das mais importantes para o ano, já que dava vaga para a Libertadores. E essa passou a ser a conquista mais importante do projeto. Foi um ano muito duro, mas com a força do grupo de jogadoras temos condições de chegar no fim de temporada em condições de conquistar mais essas duas competições. Agora é focar na Liga. Temos um adversário duríssimo, acho que fizemos uma boa primeira parte aqui. Mas temos que entender que não temos nada ganho e precisamos fazer um grande jogo lá em Taboão da Serra. Respeitamos muito a equipe deles, mas vamos lutar com todas as nossas forças para conquistar o bicampeonato. Jogar lá dentro é bem difícil, da mesma forma que é bem difícil para elas jogar aqui em Cascavel. Esse confronto vem decidindo muitas coisas nos últimos três anos. Foram duas Copas do Brasil, uma Liga Nacional, uma Supercopa, vaga para a final da Copa Mundo. Então, tudo isso acirrou muito a rivalidade”, disse Márcio Coelho. O treinador busca o seu décimo título no comando do Stein Cascavel.
Artilharia
A decisão da Liga Feminina de Futsal também terá a disputa pela artilharia neste sábado. Jaque Nunes, pivô do Stein, está em vantagem. Com os dois gols marcados no jogo do sábado passado, ela se isolou como a principal goleadora do certame com quinze gols. Jaque, inclusive, esta semana foi convocada pelo técnico Wilson Sabóia e vai defender a Seleção Brasileira de futsal feminino em dois amistosos no mês de dezembro. Além dela, Camilinha e a preparadora física Lívia Almeida, colegas do Stein, também foram chamadas. O Taboão tem duas atletas na luta pela artilharia. Luana e Pão Britez, ambas com treze gols.