No dia 10 de setembro, seis atletas do Londrina BMX Clube participaram do Pan-Americano de BMX Racing, na cidade de Santiago Del Estero, na Argentina, que é considerada a capital mundial de Bicicross. O torneio contabilizou pontos para o ciclo Olímpico Paris 2024 em diversas categorias, como Elite, Júnior e Sub-23.
Ao todo, 14 países estiveram presentes no torneio: Brasil, Argentina, Aruba, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, México, Peru, Porto Rico e Venezuela. A competição foi dividida por idades, tendo 24 categorias dos 5 aos 50 anos.
Um dos destaques da competição foi o atleta e técnico londrinense, André Ferreira, que conquistou o primeiro lugar na categoria cruiser, destinada aos atletas de 45 a 49 anos. O competidor agradeceu as entidades que patrocinam a equipe pela contribuição para a sua vitória. “Quero agradecer a Prefeitura de Londrina, a Fundação de Esportes de Londrina (FEL), a Confederação Brasileira de Ciclismo, o clube e os patrocinadores. Quanto mais fortes formos, mais atletas teremos competindo”, ressaltou Ferreira.
Além dele, os outros cinco atletas londrinenses também obtiveram ótimas pontuações. Davi Franchelo, de 9 anos, competiu na categoria Boys e ficou em nono lugar. Já Valentina Ferreira Damas disputou a categoria feminina de 10 anos e alcançou o quinto lugar. Stefany Brasão também participou, concorrendo na categoria Girls de 13 anos, e ficou em quinto lugar. Davi Herculano Risso disputou a categoria Boys de 11 anos e obteve a classificação em quarto lugar. Por fim, João Risso competiu na categoria Boys de 5 a 6 anos, mas deixou a competição nas semifinais.
Em Londrina, a modalidade Racing é praticada no Centro Nacional de Ciclismo BMX, considerada a melhor pista da modalidade no Brasil. Ela fica dentro do complexo do Autódromo Internacional Ayrton Senna.
Neste local, ao invés de os atletas utilizarem a pista de terra para treinar, eles usam um espaço especial, que é feito com uma capa de revestimento trazida dos Estados Unidos. Para criar essa estrutura, aplica-se uma pasta sobre a terra para endurecê-la e produzir uma camada sólida. Depois, aplica-se outra pasta, de cor avermelhada, semelhante à textura de uma parede. Essa técnica inovadora utiliza uma tecnologia sustentável que ajuda a reduzir a quantidade de manutenções necessárias ao espaço.
Atualmente, a manutenção do local é custeada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), o Comitê Olímpico do Brasil e a Prefeitura de Londrina. Até o ano passado, a equipe londrinense recebia o Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos (Feipe) porém, por problemas internos, decidiu não participar do edital neste ano. Além da manutenção do espaço de treinamento, a Prefeitura de Londrina, através da FEL, continua dando apoio institucional para o grupo.
O presidente da FEL, Marcelo Oguido, afirmou que o BMX Racing se consolidou em Londrina. “A modalidade se organizou e vem desenvolvendo muito bem o seu trabalho. Eles possuem uma pista de nível olímpico, bem cuidada e com atletas que compõem a seleção brasileira; é um grande orgulho para a cidade”, destacou.
A modalidade BMX surgiu entre a década de 60 e 70, criada por jovens norte-americanos apaixonados por motocross, que quiseram adaptar as práticas às bicicletas. O esporte é dividido em várias vertentes, sendo a Racing a corrida disputada em pistas de terra, em que oito atletas competem para ver quem chega primeiro.