Agro

Agrônomos e produtores debatem estratégias para a segunda safra do milho

26 nov 2025 às 14:45

Será realizada nesta quinta-feira, dia 27, em Londrina (PR), a III Reunião de Tecnologia para a Produção de Segunda Safra, com destaque para a aplicação de práticas conservacionistas e a rentabilidade do produtor, com a perspectiva da agricultura sustentável. 


Desde a década de 1970, quando ocorreram as primeiras experiências com o plantio segunda safra do milho no Brasil, a colheita registra sucessivos aumentos no volume, mostrando o tamanho e o impacto do cereal no agronegócio nacional. Nos últimos 25 anos e, sobretudo na última década, a chamada safrinha, como ficou conhecido esse período de plantio, vem construindo a sua identidade e se distanciando do diminutivo do nome original, com números que apontam para a grandeza da cultura. A segunda safra ganhou espaço porque o milho é comumente plantado após a colheita da soja, aproveitando a infraestrutura e tecnologia já preparadas. 


O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que no ciclo 2023/24, a segunda safra representou a maior parte da produção de milho — cerca de 92,7 milhões de toneladas de milho eram da 2ª safra, frente a 22,8 milhões de toneladas da 1ª safra. Isso mostra claramente a dominância daquela no volume nacional.


Com toda essa relevância, o evento organizado pela Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEA-Londrina) e pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PR) traz especialistas no assunto para aprimorar as práticas conservacionistas e sustentáveis, com foco no aumento da rentabilidade para o produtor. “Vamos ver como podemos aumentar a produção, como ajustar o plantio, reduzir nematoides, reequilibrar nutrientes, verificar os pontos chaves de infiltração de água, aumento do armazenamento e da matéria orgânica. É necessário reequilibrar os atributos biológicos, físicos e químicos para aumentar a produtividade de forma sustentável”, conforme destacou o pesquisador aposentado do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), antigo Iapar, engenheiro agrônomo Ademir Calegari.


Para o coordenador e idealizador do evento, engenheiro agrônomo Adriano Custódio, “o programa traz especialistas renomados para apresentar meios inovadores para viabilizar a rentabilidade da segunda safra”.


Troca de experiências – Para o presidente da AEA Londrina, engenheiro agrônomo Renato Arantes, os eventos organizados pela entidade também buscam oferecer um ambiente rico em experiências profissionais entre os participantes. “Teremos uma programação técnica robusta e, além disso, manteremos a tradição de enriquecer os relacionamentos de todos que estiverem conosco, oportunizando bons negócios e networking de alto nível”, destacou Arantes.