O Brasil tem sofrido com ondas de calor no início de novembro causadas pelo aumento da intensidade do aquecimento global. A sensação térmica passou de 40°C em São Paulo e houve registros de sensação de 59°C no Rio de Janeiro. Mas como esse assunto chega nos insetos?
Uma pesquisa feita pelo cientista William Laurance, da Universidade James Cook, na Austrália, publicado em 2022, afirma que um “apocalipse de insetos” emergente terá efeitos radicais no ambiente e reduzirá drasticamente a capacidade da humanidade de construir um futuro sustentável.
Segundo o estudo, os insetos representam uma parte importante da biodiversidade e prestam serviços ao meio ambiente em geral, como a polinização, controle de pragas e reciclagem de nutrientes. Eles estão entre o grupo de animais mais afetados pelas mudanças climáticas por serem pequenos e por não conseguirem regular a própria temperatura corporal.
Fatores como a perda, fragmentação e mudança no habitat, além da poluição química ou orgânica, são os responsáveis pelo declínio dos insetos. As alterações climáticas amplificam esses outros fatores.
Segundo Laurence, “a representarem uma ameaça imediata e de curto prazo para os insectos, com consequências a longo prazo para os ecossistemas”.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura afirmou que 75% das culturas que alimentam o mundo dependem de alguma forma de polinização de insetos. A ausência dos insetos pode acabar com espécies como café, maçãs, amêndoas, tomates e entre outros.
Com o desaparecimento da espécie e, portanto, de algumas plantas, uma gama de herbívoros, como os coelhos e veados, também passariam fome e, por consequência, seriam extintos.