O governo federal encerra o ano de 2023 com o registro de 365 agrotóxicos, informou nesta sexta-feira (29) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Da lista de registros publicados no ano, 90 itens são produtos de baixo impacto (biológicos), que podem ser feitos com fungos e bactérias capazes de combater pragas nas lavouras.
Nesta sexta-feira, a lista de liberações cresceu e 55 novos produtos formulados foram liberados. Estes defensivos estarão, efetivamente, já disponíveis para uso. Em 2022, foram liberados 641 registros.
Os produtos registrados em 2023 foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, Anvisa e Ibama, de acordo com a legislação. Os registros seguem um sistema semelhante ao que acontece com os medicamentos para seres humanos, com marcas e os genéricos. “O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, aponta a nota do Mapa.
O que são agrotóxicos de baixo impacto?
Os produtos de baixo impacto são aqueles que têm origem biológica, com matérias-primas obtidas da natureza, como bactérias, fungos, vírus, entre outros. São produtos considerados fitossanitários com uso aprovado para agricultura orgânica, produtos semioquímicos (substâncias químicas produzidas por organismos que modificam o comportamento de outros seres vivos) e reguladores de crescimento.
De acordo com dados da CropLife Brasil, instituição que representa a indústria de insumos, as vendas de produtos biológicos cresceram entre 30% e 35% em 2023 e a expectativa é encerrar o ano com um uma movimentação de R$ 4 bilhões. A indústria de defensivos químicos deve movimentar R$ 20 bilhões.