Auditores fiscais federais agropecuários identificaram um caso de peste suína clássica em um criadouro no município de Parnaíba (PI). Após a suspeita, o material coletado no local foi enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Pedro Leopoldo (MG), e a análise confirmou o foco da doença.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o registro não inviabiliza o comércio internacional de suínos e produtos derivados.
Assim que houve a suspeita da doença, a propriedade foi interditada. O serviço veterinário estadual tem adotado os procedimentos de controle e eliminação do foco, o que inclui desinfecção da área afetada, investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos, além de sacrifício dos animais.
“O vírus causador da doença não é transmitido para humanos. Os auditores agropecuários do Mapa e os fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) estão tomando todas as providências para controle do foco na região”, afirmou o diretor de Comunicação e Relações Públicas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antonio Andrade.
Piauí está localizado fora da zona reconhecida como livre de peste suína clássica, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Os limites entre as zonas livre e não livre da doença são protegidos por barreiras naturais e postos de ?scalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da peste são adotados continuamente. A OEI já foi notificada pelo governo brasileiro.
De acordo com o Mapa, a zona livre de peste suína clássica do Brasil concentra mais de 95% de toda a indústria nacional de suínos. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas desta zona livre, que compreende 15 estados e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC). Essas unidades da Federação não registram ocorrência da doença desde janeiro de 1998.