O Cinturão Citrícola de São Paulo e Minas Gerais passa pela quinta safra consecutiva de baixa produção. Com 268,3 milhões de caixas de laranja na safra 2020/21, 262,9 milhões na safra 2021/22, 314,2 milhões na safra 2022/23, 307,2 milhões na safra 2023/24 e estimativa de 215,8 milhões de caixas para a safra 2024/25.
Processamento de laranjas e produção de suco de laranja na safra 2023/24
Levantamento realizado por meio de auditoria independente de cada uma das empresas associadas à CitrusBR e consolidado por auditoria externa revelou que o total de laranjas processadas na região do Cinturão Citrícola de São Paulo e Minas Gerais na safra 2023/24 foi estimado em 267.937.531 caixas de laranjas de 40,8 kg, das quais 243.270.864 processadas pelos membros da CitrusBR e cerca de 24,6 milhões caixas por não membros. O número representa menos de 1% de crescimento em relação às 265.292.217 caixas processadas na temporada anterior.
Com um rendimento de suco na fruta final estimado em 298,2 caixas de 40,8 quilos para a produção de 1 tonelada de FCOJ Equivalente a 66° Brix, a estimativa final para a produção total de suco de laranja na safra 2023/24 foi de 898,7 mil toneladas de FCOJ Equivalente. É importante notar uma piora de 6,26% no rendimento de suco na fruta, com a necessidade de 17,6 caixas a mais para produzir 1 tonelada de FCOJ Equivalente em comparação com 280,6 caixas na temporada anterior. Mesmo com processamento semelhante, a piora no rendimento foi responsável por enxugar cerca de 56,3 mil toneladas, colaborando com o cenário de restrição de oferta.
Desenvolvimento dos aspectos qualitativos para a safra 2024/25
De acordo com informações da Fundecitrus, a safra atual 2024/25, inicialmente prevista para colher 232,0 milhões de caixas, foi afetada por questões climáticas, sendo assim reduzida em 7%, totalizando 215,8 milhões de caixas. O principal fator para essa redução é o menor tamanho das frutas, devido às condições climáticas adversas, incluindo temperaturas mais altas do que o normal e chuvas abaixo do esperado, que foram 31% menores do que o previsto nos primeiros meses da colheita.
Além disso, tanto o outono quanto o inverno apresentaram temperaturas acima da média, o que aumentou a evapotranspiração e agravou as condições de seca. O clima mais quente acelerou a colheita das laranjas, levando a um ritmo mais rápido. Em agosto, aproximadamente 45% da safra já havia sido colhida, significativamente acima da média histórica para este período, que é de 30%.