Desde abril deste ano, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) estão em campo fazendo levantamento de informações sobre a cadeia produtiva do feijão, visando estruturar processos metodológicos que permitam a coleta, o armazenamento, o cálculo e a divulgação de preços médios regionais de feijões. E, a partir desta semana, o Cepea e a CNA passam a realizar a divulgação diária e sistemática dos preços dos feijões carioca e preto.
Serão divulgados valores médios, por saca de 60 kg, à vista, sem ICMS, de: feijão cores, carioca, classificados em peneira 12 e/ou notas 9,0 ou superior; feijão cores, carioca, notas 8,0 e 8,5; e feijão preto tipo 1.
A amostra diária em cada região será submetida a dois procedimentos estatísticos: desvio-padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra) e análise do coeficiente de variação. Essas estatísticas têm por objetivo eliminar informações fora do padrão da amostra em cada região.
Os dados a serem gerados pelo Cepea e a CNA visam contribuir para diminuir a assimetria de informação da cadeia produtiva. Todo final de dia, os agentes saberão qual foi o valor médio das negociações naquela data, o que claramente vai colaborar na definição quanto à necessidade de ajustes nos valores de ofertas de compra e de venda para o dia seguinte. Os agentes da cadeia produtiva também poderão se utilizar das informações para avaliação da rentabilidade da atividade, da sazonalidade, variabilidade de preços e identificação de períodos mais propícios para a realização de negócios. O acompanhamento da evolução dos preços também dá suporte para que as entidades representativas do setor possam demandar ações junto a órgãos públicos e de pesquisa, visando a sustentabilidade da atividade.
*Com informações do Cepea