As mudanças climáticas representam um grande desafio para a agricultura global, afetando diretamente a produtividade e a segurança alimentar. Alterações nos padrões de temperatura e precipitação, além do aumento da frequência de eventos climáticos extremos, estão comprometendo diversas culturas agrícolas. Segundo Desirée Iatchuk, Engenheira Ambiental e Sanitarista, a proliferação de pragas e doenças é uma das consequências mais impactantes, prejudicando tanto a qualidade quanto a quantidade das colheitas, afetando toda a cadeia produtiva.
Entre as culturas afetadas, destaca-se a soja, cujas lavouras na Região Sul do Brasil têm sofrido com o excesso de calor, resultando em queda na produtividade e na qualidade dos grãos. O arroz, por sua vez, enfrenta perdas devido às mudanças no regime de chuvas e ao aumento de ventos fortes, que causam o acamamento das plantas. O café também está sendo severamente impactado, com temperaturas elevadas e chuvas irregulares, tornando as plantas mais suscetíveis a doenças e pragas.
Para minimizar os efeitos, é necessário adotar estratégias como o desenvolvimento de cultivares resilientes, investindo no melhoramento genético para criar variedades mais resistentes a secas e altas temperaturas. O manejo sustentável do solo, com rotação de culturas e uso de cobertura vegetal, pode aumentar a retenção de água e nutrientes, melhorando a resiliência das lavouras. Além disso, a implementação de sistemas de irrigação eficientes e o monitoramento climático para antecipar eventos extremos são essenciais para garantir a produção agrícola.
