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Consumidores brasileiros vão comer mais frangos e ovos em 2024

19 dez 2023 às 22:33
Por: Band

Os consumidores brasileiros devem comer mais carne de frango e ovos em 2024, projeta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Com uma maior produção, estimada em 15 milhões de toneladas e 56 bilhões de unidades, respectivamente, a disponibilidade dessas proteínas para o mercado interno vai aumentar, mas os consumidores não devem esperar quedas nos preços, já que os custos de produção, como o milho, energia elétrica, combustíveis e embalagens, ainda estarão elevados.


As estimativas apontam que o consumo de carne de frango no ano que vem deve chegar a 47 quilos por habitante, um quilo a mais do que foi consumido em 2023, e de ovos, 258 unidades por pessoa, 16 ovos a mais que no ano atual. Já o consumo de carne suína deve ficar estável em 18 quilos por brasileiro, volume que vem sendo mantido nos últimos dois anos. Os números foram apresentados nesta terça-feira (19), em São Paulo.


De acordo com a ABPA, a produção e as exportações das proteínas devem aumentar em 2024, reposicionando o país no ranking mundial de produtores exportadores. "O Brasi se firma como o segundo maior produtor de carne de frangos do mundo, o que representa 14% do comércio mundial dessa proteína e quinto maior produtor mundial de ovos", diz Ricardo Santin, presidente da associação. “No Brasil, são produzidos 2.700 ovos por segundo”. Segundo Santin, a produção nacional de carne suína também deve aumentar, posicionando o Brasil como terceiro maior produtor, à frente do Canadá. 


Mais frangos e ovos


O Brasil encerra o ano com alta no setor de carne de frango, apontou a associação. Nos 12 meses do ano, foram produzidas 14 milhões de toneladas, uma alta de 2,6% em relação ao ano de 2022. As exportações totalizaram 4,4 milhões de toneladas, com uma receita de US$ 8,9 bilhões. 


O maior mercado consumidor de carnes de frango foi a China, que importou 632 mil toneladas, 28% mais que no ano anterior. “A China iniciou o ano em um movimento de retomada econômica e em meados de março, finalizou o lock down devido à Covid19, mas esse movimento deve se repetir no ano que vem", avalia Santin. “No comércio internacional tivemos movimentações atípicas ainda provocadas pela Guerra na Ucrânia e terremotos no Oriente Médio”.

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A projeção da ABPA indica que, em 2024, o Brasil aumente mais a produção de frangos, chegando a 15,3 milhões de toneladas. Desse volume estimado, 5,3 milhões de toneladas devem ser exportadas, principalmente para a China, e cerca de 10 milhões de toneladas circularão no mercado doméstico. O México aparece como um mercado promissor para o Brasil em 2024.


Além dos cortes tradicionais de frango, as exportações incluem partes como pé de frango, cabeça e até cartilagem de joelho de frango. “São muito demandandos por países que culturalmente utilizam esses produtos na medicina e culinária tradicional”, diz Santin.


O ritmo de crescimento também foi registrado no setor de ovos: em 2023, o país produziu 52,5 bilhões de ovos e exportou 26 mil toneladas do produto, o que representou 175% a mais que as vendas externas registradas em 2022. “Isso se deveu ao fato de o Brasil estar livre de casos de Influenza Aviária (H5N1) nas granjas comerciais”, explicou o executivo da ABPA. Neste setor, o Japão foi o maior comprador de ovos do ano. 


Consumo estável de carne suína


A produção brasileira de carne suína também encerra o ano com um aumento na produção de carne suína. Em 2023, foram produzidas 5,1 milhões de toneladas, um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior. A perspectiva para 2024 é de um incremento 1% em relação a 2023, com 5,150 milhões de toneladas de proteína suinícola produzidas. 


As exportações tiveram um significativo aumento em 2023, com 1,2 milhões de toneladas, alta de 8.9% em relação a 2022, e para o próximo ano, a projeção é de um aumento de 6,6%, com 1,3 milhão de toneladas.

Em relação à disponibilidade interna de carne suína, 2023 fechará com estabilidade em 3,88 milhões de toneladas, assim como a projeção de 2024, com 3,850 milhões de toneladas. O consumo per capita projetado para o fechamento de 2023 e 2014 deve permanecer em 18 quilos por pessoa/ano. 

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