Agro

Exportações de carne suína têm alta de 31,4% e passam de US$ 300 milhões

07 ago 2024 às 16:47

As exportações brasileiras de carne suína registraram em julho um novo recorde.  Os números foram anunciados nesta quarta-feira (7) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Salão Internacional de Proteína Animal (ABPA), em São Paulo. Foram embarcadas no mês 138,3 mil toneladas, o que é 31,4% a mais que o registrado no mesmo período de 2023, com 105,3 mil toneladas.


A receita mensal também foi recorde, rompendo pela primeira vez a barreira de US$ 300 milhões.  Ao todo, foram US$ 309,4 milhões registrados em julho, número 24,1% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, com US$ 249,4 milhões.


Em 2024, a alta acumulada em volumes é de 8,2%, com total de 752,1 mil toneladas exportadas entre janeiro e julho, contra 695,1 mil toneladas no mesmo período do ano passado.  A receita acumulada no período chegou a US$ 1,609 bilhão, saldo 3,2% menor que o total registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 1,663 bilhão.


“O recorde nas exportações de carne suína reflete o momento positivo vivido pela suinocultura brasileira, com forte demanda internacional e diversificação de mercados. O Brasil vai se consolidando para alguns países como uma importante alternativa, com Filipinas e Japão ganhando destaque. As perspectivas indicam também números positivos para o fechamento do ano. O trabalho para abertura e ampliações de mercado capitaneados pelo Ministro Carlos Fávaro e sua equipe já dá resultados concretos. Seguiremos em busca de novas oportunidades para a carne suína” disse o Presidente da ABPA, Ricardo Santin.


As Filipinas assumiram a primeira posição entre os importadores de carne suína do Brasil neste mês.  Ao todo, foram embarcadas 27,2 mil toneladas em julho, número 137,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 11,4 mil toneladas.  Em segundo, a China importou 19,7 mil toneladas (-48,4%), seguida por Japão, que agora assume o terceiro lugar nas exportações, com 11,3 mil toneladas (+235,1%), Singapura, com 11,3 mil toneladas (+122,8%) e Hong Kong, com 10,6 mil toneladas (+37,2%).


“Houve um forte incremento nos fluxos de exportações de carne suína do Brasil, com Filipinas, Japão e México como principais destaques. Filipinas, que recentemente aceitou o pré-listing, foi o principal comprador pela primeira vez da proteína suína em julho. Outro ponto destacado foi a cada vez maior presença no mercado japonês, que demanda produtos customizados e de maior valor agregado. No geral, a demanda internacional está aquecida e assim deverá permanecer nos próximos meses, inclusive com a melhoria recentemente observada dos indicadores da cadeia produtiva de carne suína na China”, destaca o Diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua.