O custo da logística no agronegócio é um fator fundamental para a competitividade do setor e a formação dos preços finais dos produtos para os consumidores. Esse setor pode ser afetado por diversos fatores, como o estado das estradas, a demanda por transporte e a falta de armazéns para estocar produtos agrícolas.
O custo do transporte dos alimentos é um dos principais problemas para a competitividade dos produtos brasileiros. O transporte rodoviário é o principal meio de escoamento de alimentos no Brasil, mas a infraestrutura precária aumenta o custo, elevando os preços. No auge da safra, as rodovias ficam sobrecarregadas de caminhões de cargas de grãos que se destinam aos portos e, muitas vezes, estradas precárias impedem o transporte.
O governo vem estudando medidas para baratear o preço dos alimentos, como tarifas para importação de produtos, mas ações como melhorar as questões logísticas são fundamentais.
O ministro da Agricultra, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal tem planos de melhorias das principais BRs usadas para o escoamento da safra e uma força-tarefa entregará obras fundamentais para o agronegócio, como a BR 164 em Rondônia, a BR 419 em Mato Grosso do Sul, o Rodoanel de Cuiabá e pontes que ligam os estados da região Norte, em direção aos portos do arco norte.
Outro fator que exige investimentos maciços para baratear os alimentos no Brasil são os investimentos no setor de armazenagem. Atualmente, a capacidade para a armazenagem de grãos no Brasil é de 230 milhões de toneladas. A previsão para a produção da atual safra de grãos é de 322 milhões de toneladas. Esse deficit faz o produto brasileiro perder competitividade, sem margens para negociações perante os produtos internacionais.