Agro

Produção de carne de frango deve aumentar 1,8% em 2024 e 2,3% em 2025

01 ago 2024 às 17:02

A produção de carne de frango no Brasil deve aumentar e o país poderá, no ano que vem produzir mais de 15 milhões de toneladas. A informação foi apresentada nesta quinta-feira (1), pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), uma semana após o governo confirmar o fim das investigações sobre casos de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. 


Segundo a instituição, as agroindústrias devem colocar no mercado, em 2024, 15 milhões de toneladas de carne de frango e em 2025, 15,3 milhões de toneladas, altas de 1,8% e 2,3%, respectivamente. 


Para as exportações de carne de frango, a associação aponta que estão previstas 5,25 milhões de toneladas em 2024, 2,2% a mais que o registrado no ano passado e, em 2025, as exportações podem alcançar 5,35 milhões de toneladas, o que seria 1,9% acima dos números de 2024.


Para o consumo dos brasileiros, em 2024, as agroindústrias disponibilizam 9,85 milhões de toneladas de carne de frango, até 1,5% a mais que o volume ofertado em 2023, de 9,694 milhões de toneladas. Para 2025, essa disponibilidade deve chegar a cerca de 10 milhões de toneladas, alta de até 1,5% frente ao volume previsto para este ano.


Com relação ao consumo per capita, o índice deverá alcançar este ano em torno de 45 quilos, número considerado estável frente ao registrado em 2023, com 45,1 quilos. Já em 2025, o consumo per capita projetado deve alcançar até 46 quilos, número 2% maior que o esperado para 2024.


Doença de Newcastle


As exportações de frango do país ainda estão bloqueadas em nível nacional para países como China, México e Argentina. Os embargos regionais às exportações do Rio Grande do Sul, onde ocorreu o surto de doença de Newcastle, continuam em vigor para vendas a países como Rússia, Arábia Saudita, Bolívia, Peru e Chile, informou a ABPA.


A previsão é de que o Brasil exporte cerca de 437.000 toneladas de produtos de frango, em média, por mês, neste ano, de acordo com dados da ABPA. As restrições comerciais poderiam afetar as vendas de até 60.000 toneladas por mês, disse a associação.


No entanto, o Brasil pode redirecionar os embarques para minimizar esse impacto, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.


O governo disse na semana passada que o surto da doença de Newcastle havia terminado, mas os processadores de carne locais estão aguardando a aprovação dos importadores para retomar o comércio após o surto, que foi isolado no Sul do Brasil.


"Todos os países receberam informações sobre o fim do surto", disse Santin, acrescentando que o setor espera que as restrições comerciais sejam suspensas em breve.