O anúncio da retomada do comércio de carne de frango brasileira com a Malásia pode gerar reflexos positivos na economia do Paraná. A importação do produto pelo país asiático estava suspensa desde o registro de gripe aviária em uma granja comercial de Montenegro (RS). As granjas paranaenses não registraram casos.
Em 2024, as exportações de carne de frango paranaense para a Malásia renderam, em média, US$ 564,55 mil mensais, somando US$ 6,77 milhões no ano. O Estado enviou 4,35 mil toneladas, o que correspondeu a 0,2% do total de 2,17 milhões de toneladas exportadas no período.
De acordo com dados do Agrostat/Mapa, a Malásia foi o 46º destino das exportações paranaenses de carne de frango no ano passado, entre 138 países que importaram o produto.
“A retomada do comércio com todos os países é importante para reafirmar a imagem da carne de frango brasileira, que vende qualidade e sanidade para o mundo”, destacou Marcelo Garrido, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.
O Paraná é o maior produtor e exportador de frango do Brasil, responsável por mais de um terço da produção nacional. No 2º trimestre de 2025, o Estado registrou o abate de 558,6 milhões de aves, equivalendo a 34,1% da produção nacional. Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%) completam o pódio.
Em 2024, o Estado exportou US$ 4 bilhões em carne de frango congelada, e até setembro de 2025, já acumula US$ 2,6 bilhões.
Desde o início das restrições por gripe aviária, diversos países já liberaram novamente a importação, incluindo África do Sul, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Vietnã, entre outros.
Ainda mantêm restrições Canadá, China, Paquistão, Timor-Leste e União Europeia. O retorno do comércio com a China é o mais esperado, pois o país compra em grande volume e paga acima da média por produtos como pés de galinha.
Segundo a Agrostat/Mapa, em 2024 a China importou 561,1 mil toneladas de carne de frango do Brasil, o que representou 10,9% do total exportado, gerando US$ 1,29 bilhão em receita.