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Agressor denunciado em pedido de socorro em app de comida é solto pela Justiça

11 jul 2024 às 10:48

A Justiça colocou em liberdade o homem suspeito de ter agredido e abusado sexualmente de uma mulher na última segunda-feira (8) em Curitiba. A vítima conseguiu se salvar graças a um pedido de socorro feito a uma lanchonete por meio de um aplicativo de entrega de comida.


O agressor foi preso em flagrante na ocasião, mas solto após prestar depoimento. Além da liberdade provisória, a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica, mas o dispositivo estava em falta na unidade prisional. Agora, o homem deverá se apresentar em outro local em até oito dias para a instalação do equipamento.


A vítima e sua filha de 1 ano de idade passam bem e estão na casa de parentes.



Relembre o caso



Uma mulher enviou um pedido de socorro, por um aplicativo de delivery de comida, a uma lanchonete em Curitiba, no Paraná, nesta segunda-feira (8). Ela declarou que estava sendo agredida e abusada sexualmente por um homem. No campo de observação, onde os clientes costumam pedir alterações no prato, fez um apelo desesperado. 


"Me ajuda. Mande a polícia para esse endereço. Fui estuprada e violentada, me ajuda. Tenho uma filha e corremos perigo com esse homem.", dizia o bilhete.


“Me espantei na hora que olhei. Estava escrito na observação que era um pedido de ajuda e que eu chamasse a polícia. Ela precisava de socorro”, contou uma funcionária que trabalha no estabelecimento.


“De imediato chamei a polícia, expliquei a situação e passei o endereço. Fiquei impressionada porque, em dois anos que estou aqui, nunca tinha recebido um pedido assim, de ajuda”, completou. 


Uma equipe da Polícia Militar foi até o endereço informado e prendeu o suspeito em flagrante. A vítima tinha marcas de violência e hematomas pelo corpo.


Segundo informações da PM, a mulher teve um relacionamento com o homem e foi a Curitiba para que a filha passasse as férias com ele, momento em que ele tentou reatar a relação à força e realizou os abusos. 

A vítima ainda declarou que não foi a primeira vez que foi agredida, mas disse que tinha medo de ligar para polícia, já que recebia ameaças.