Imagens gravadas pelos socorristas mostram Bethina Feldman, de 12 anos, carregada nas costas pela equipe de resgate. Sobrevivente da queda de helicóptero, a menina foi salva depois de passar a noite na mata, em Caieiras, na Grande São Paulo.
O piloto foi o primeiro a ser socorrido pela equipe do Helicóptero Águia, da Polícia Militar, já bem próximo da Rodovia dos Bandeirantes. Edenilson de Oliveira Costa, de 49 anos, tinha saído em busca de ajuda.
Piloto particular da família, Edenilson é de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e tem mais de 15 anos de experiência. Ele também é formado em enfermagem.
De Caieiras, Edenilson e Bethina foram levados para o Hospital das Clínicas, em São Paulo. Segundo as equipes de resgate, eles não apresentavam ferimentos graves, mas estavam desorientados. Ainda não há uma previsão de alta do hospital.
Bethina é filha de André Feldman, de 50 anos, e Juliana Elisa Alves Maria Feldman, de 49 anos, mortos no acidente. O casal morava em Nova Odessa, interior de São Paulo.
André era CEO de uma empresa de apostas on-line, em operação num prédio na cidade vizinha de Americana. Juliana era empresária e formada em economia. Além de Bethina, o casal deixa dois filhos gêmeos de 9 anos.
O helicóptero era do modelo EC 130 B4. Estava no nome da C&F Administração de Aeronaves, outra empresa da qual André era sócio, e tinha um hangar próprio no Aeroporto de Americana.
Há dois meses, um boletim de ocorrência registrou que a porta do helicóptero abriu e se desprendeu durante o voo, mas ninguém ficou ferido. A aeronave, fabricada na França em 2001, tem capacidade para sete pessoas, um motor turboeixo e autorização para voar durante a noite. Especialistas dizem que o modelo é considerado seguro.