O pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay, 39, morreu hoje, meses após um atentado a tiros. O senador estava em estado crítico.
A morte foi confirmada dois meses após ele ser baleado em um evento de campanha. O senador da oposição era um dos favoritos ao cargo de presidente do país.
Uribe, que foi atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho, teve piora no estado de saúde na semana passada. Ele estava internado na Fundación Santa Fe, em Bogotá.
Seis pessoas foram presas por suspeita de envolvimento com o crime. Entre elas está um adolescente de 15 anos.
A suspeita é de que o assassinato tenha sido encomendado por dissidência das Farc. Segundo a polícia local, Iván Márquez, líder da segunda Marquetalia, organização criminosa criada após o acordo de paz de 2016, seria a liderança intelectual do crime.
A esposa lamentou a perda: "Peço a Deus que me mostre o caminho para aprender a viver sem você. Nosso amor transcende este plano físico. Espere por mim, pois quando eu cumprir minha promessa aos nossos filhos, irei te encontrar e teremos nossa segunda chance", escreveu María Claudia Tarazona nas redes sociais.
Quem era Miguel Uribe
Conservador, Miguel Uribe, 39, era candidato à presidência pelo partido de oposição Centro Democrático. O político nasceu em 28 de janeiro de 1986 em Bogotá e era casado com María Claudia Tarazona. Ele deixa um filho.
Uribe era neto do ex-presidente colombiano Julio Turbay, que governou de 1978 a 1982 pelo Partido Liberal.
Sua mãe, a jornalista Diana Turbay, foi sequestrada e morta por grupo liderado por Pablo Escobar quando ele ainda era criança, fato narrado no romance "Notícia de um Sequestro" do Nobel Gabriel García Márquez.
Formado em direito pela Universidad de los Andes, em Bogotá, Uribe tinha mestrado em políticas públicas na mesma instituição e outro em administração pública pela Harvard University.
"Eu poderia ter crescido à procura de vingança, mas decidi fazer a coisa certa: perdoar, mas nunca vou esquecer." — Miguel Uribe Turbay