Uma investigação da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC) comprou, de 2002 a 2024, 60 motéis, que juntos movimentaram R$ 450 milhões. O dinheiro, proveniente do tráfico de drogas e outros crimes, era investido nesses negócios para ser "limpo", ou seja, reinserido na economia formal.
A facção criminosa foi alvo de uma operação do Ministério Público de São Paulo e da Receita Federal que investiga a lavagem de dinheiro da facção criminosa por meio de postos de combustíveis, lojas de conveniência, bingos e motéis.
A Operação Square, com apoio da Rota, tropa de elite da Polícia Militar, identificou uma movimentação financeira de quase R$ 8 bilhões.
Continuação de outra operação
A Operação Square é uma continuação da Operação Carbono Oculto, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que desvendou um esquema milionário com investimentos do PCC em finanças digitais, as chamadas fintechs.
55 réus foram identificados nesta nova fase da investigação. Todos tiveram seus bens confiscados pela Justiça, incluindo casas de luxo, aeronaves, iates, contas bancárias e investimentos. As ações policiais seguem em andamento para a busca de novos envolvidos e aprofundamento do inquérito.