No Oriente Médio, as negociações por um cessar-fogo recomeçaram depois que o Hamas fez pedidos de ajustes na proposta apresentada pelos Estados Unidos. Enquanto isso, Israel enfrenta uma onda de ataques do Hezbollah. O grupo libanês reage a um bombardeio israelenese que matou um de seus principais comandantes.
Em viagem a Doha, no Qatar, o Secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que a maioria das mudanças feitas pelo Hamas à proposta aprovada no Conselho de Segurança da ONU é inviável. Entre elas, libertar reféns, vivos ou mortos, de três em três dias e a retirada imediata das tropas no período de uma semana do acordo.
O grupo palestino pede garantias de um cessar-fogo permanente. A proposta fala em paralisação de 6 semanas para, só depois e, se Israel concordar, uma pausa total nos bombardeios.
Mais de 200 mísseis foram lançados pelo Hezbollah contra o Norte de Israel. Os bombeiros tiveram muito trabalho para conter as chamas. O ato foi uma resposta pela morte de um dos principais líderes do grupo xiita, Taleb Abdullah, morto num bombardeio aéreo israelense na terça-feira (11).
No enterro, oficiais do Hezbollah prometeram aumentar a intensidade dos ataques a Israel. Se a tensão na fronteira com o Líbano aumenta, a esperança de um cessar-fogo ainda se mantém, mas os desafios são grandes.
Nesta quarta-feira, a ONU divulgou um relatório afirmando que ambos os lados cometeram crimes de guerra. A investigação contou com análises de vídeos, fotos, imagens de satélite, depoimentos de vítimas e testemunhas além de relatórios médicos.
Em pouco mais de 8 meses de guerra, mais de 37 mil palestinos morreram - a maioria mulheres e crianças. Já o Hamas foi responsável pela morte de 1,100 israelenses e o sequestro de 250 pessoas nos ataques de 7 de outubro de 2023.