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PF diz que ex-presidente do INSS recebia R$ 250 mil mensais de propina

14 nov 2025 às 10:36

A Polícia Federal (PF) apontou que o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, recebia R$ 250 mil mensais em propina no esquema de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.


A informação consta no relatório que baseou a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13) pela PF. Stefanutto foi preso por determinação do ministro André Mendonça, do STF, relator das investigações.


Segundo a Polícia Federal, o ex-presidente tinha influência na Conafer e recebia propina por meio de empresas de fachada, incluindo uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia. Ele era identificado no esquema pelo codinome “Italiano”, e os pagamentos ocorreram entre junho de 2023 e setembro de 2024.


A PF afirmou que Stefanutto atuou como “facilitador” do esquema, primeiro ao facilitar juridicamente o ACT da Conafer em 2017 e depois blindando a fraude como presidente do INSS, aumentando sua propina mensal para R$ 250 mil. O relatório destaca que os pagamentos eram essenciais para manter os descontos não autorizados, que afetaram mais de 600 mil beneficiários.


Em nota, a defesa de Stefanutto contestou a prisão, afirmando que ele colaborava com a investigação desde o início. A Conafer também se manifestou, defendendo a presunção de inocência e afirmando estar disposta a cooperar com as autoridades.