A Polícia Civil junto com o Detran de São Paulo descobriu um esquema que utilizava dedos de silicone para fraudar o sistema de controle de biometria de emissão da carteira de motorista. Os 116 dedos de silicone com digitais estavam em cabines de um centro de formação de condutores na Zona Leste da capital paulista e serviriam para registrar a presença de alunos que, assim, não precisariam comparecer às aulas e aos exames práticos e teóricos obrigatórios.
Seis pessoas foram levadas para a delegacia para prestar esclarecimentos. Os moldes encontrados serão encaminhados à perícia para tentar identificar de quem são as impressões digitais.
Nesse tipo de caso, alunos e instrutores podem ser acusados de falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema. No ano passado, o Detran de São Paulo aplicou 389 penalizações contra autoescolas e profissionais que atuam no processo de habilitação, como advertências, suspensões e cassações dos registros.
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é investigado por falsidade ideológica e uso de documento falso. Em 2020, ele foi flagrado em uma blitz no Rio de Janeiro com uma CNH que seria falsa. O que levantou suspeita da polícia foi que no período em que atleta deveria estar realizando exames teóricos e práticos em uma autoescola, na Zona Leste de São Paulo, ele seguia com o time em pré-temporada.
A ocorrência foi encaminhada ao DPPC. Agora, o caso será investigado pela 4ª Delegacia de Crimes contra a Administração e Fraudes Decorrentes de Atividades de Trânsito.