Uma mulher que passou seis anos presa injustamente morreu apenas dois meses após ser absolvida, no Rio Grande do Sul. Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, teve complicações causadas por um câncer de colo de útero, diagnosticado enquanto ainda estava detida.
A jovem foi enterrada no dia 27 de outubro, no Cemitério Municipal de Araranguá (SC). Segundo a defesa, Damaris foi mantida na prisão mesmo com a ausência de provas diretas que a ligassem ao crime e com o agravamento de seu estado de saúde.
Durante o período em que esteve encarcerada, Damaris apresentou sangramentos e fortes dores abdominais, sintomas que se intensificaram antes do diagnóstico da doença. A prisão preventiva só foi convertida em domiciliar neste ano, após a confirmação do câncer e a constatação de que ela estava com a saúde debilitada.
Em março de 2025, a Justiça autorizou que ela cumprisse prisão domiciliar na casa da mãe, em Balneário Arroio do Silva (SC), com o uso de tornozeleira eletrônica. Quatro meses depois, em agosto, ela foi absolvida de todas as acusações durante julgamento pelo Tribunal do Júri.
Tribunal e Ministério Público se manifestam