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Servidores de Agências de Regulação recusam proposta e convocam greve

24 jul 2024 às 14:38

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) rejeitou, em assembleia realizada na noite de segunda-feira (22), a nova proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo Federal e deliberou iniciar uma greve de 48 horas. Com uma taxa de rejeição de 99%, os servidores decidiram não aceitar os percentuais oferecidos pelo governo na 4ª reunião da Mesa de Regulação, argumentando que tais valores "não contemplam as condições mínimas necessárias para valorização da categoria".

 

De acordo com o Sinagências, a proposta do governo Lula (PT) inclui um reajuste de até 21,4% para os cargos de carreira e de até 13,4% para os servidores no Plano Especial de Cargos (PEC). Esse aumento seria realizado em duas parcelas: a primeira em janeiro de 2025 e a segunda em abril de 2026.

 

A assembleia também resultou na aprovação de uma greve nacional, com 92% dos servidores votando a favor da paralisação por 48 horas, marcada para os dias 31 de julho e 1º de agosto. Onze agências reguladoras devem participar do movimento, incluindo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aeel) e outras instituições de relevância nacional.

 

O Sinagências, que representa os servidores das agências mencionadas, destacou que a greve visa sensibilizar a sociedade sobre a importância da valorização da regulação no país e pressionar o governo para equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão.

 

Até o fechamento desta matéria, não houve manifestação oficial por parte do governo federal sobre a decisão da assembleia do Sinagências.