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Socorro registra o 1º caso humano de febre amarela no Estado de SP em 2025

14 jan 2025 às 10:10

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta segunda-feira (13), o primeiro caso humano de febre amarela de 2025. O paciente é um homem de 27 anos, morador da capital paulista, que esteve recentemente em uma área rural em Socorro (SP). Ainda não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde dele. 


Diante da confirmação do caso, a Secretaria de Saúde de Socorro (SP) decidiu intensificar a campanha de vacinação contra a febre amarela, seguindo a recomendação do governo. A vacina é a forma mais eficaz de proteção contra a doença. A dose é gratuita e está disponível para toda a população, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, em todas as unidades de saúde do município, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h


Os últimos casos de febre amarela em humanos no estado haviam sido registrados no primeiro semestre de 2024. Em março, um homem, de 50 anos, que morava em Águas de Lindóia (SP) e costumava se deslocar pela região de Monte Sião (MG), morreu em decorrência da doença. Pouco depois, um outro homem, de 28 anos, foi diagnosticado na zona rural de Serra Negra (SP). Ele estava vacinado e se recuperou completamente.


Mortes de macacos


Quatro macacos bugio foram encontrados mortos na mata do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP), na semana entre o Natal e o Ano Novo. Testes confirmaram que os animais foram vítimas de febre amarela. Além disso, exames realizados em um primata em Pinhalzinho (SP), também testaram positivo para a doença.


Nesta segunda-feira (13), a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou outros quatro casos em animais, sendo três registros em Ribeirão Preto (SP) e um em Socorro (SP).


Diante das confirmações, foram ampliadas ações de vacinação e busca ativa de pessoas não imunizadas, priorizando áreas de mata.



Transmissão


É importante lembrar que febre amarela NÃO é transmitida pelos macacos. Os primatas são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão são os mosquitos. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco que, depois de infectado pelo vírus, pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmitir a doença para o homem.


Sintomas


De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais da doença são: febre de início súbito, calafrios, dores na cabeça, nas costas e no corpo em geral, além de enjoo, vômito e fraqueza.


Geralmente, as pessoas melhoram após esses sintomas, mas, 15% ficam cerca de um dia sem sintomas e, depois, evoluem para quadros mais graves. Por isso, é importante ter um acompanhamento médico.