Cidade

Acamada há um ano, diarista aguarda cirurgia pelo SUS e depende de cuidados da família

05 mai 2025 às 21:34

Rosimeire Lourenço de Oliveira, de 48 anos, moradora do distrito de Irerê, em Londrina, vive um drama que se arrasta há mais de um ano. Com duas hérnias na lombar, ela está acamada e sequer consegue sentar. A mulher toma diversos medicamentos, inclusive morfina, mas relata que os remédios não estão fazendo mais efeito e faz um apelo para realizar uma cirurgia.

 

Em uma das crises de dor, a mulher que trabalhava como diarista, precisou ser levada para a UPA do Jardim Sabará, onde recebeu morfina na veia para conseguir algum alívio. “Eu sinto uma dor terrível, não tem como explicar. Parece uma faca entrando numa ferida inflamada”, conta Rosimeire.

 

A cirurgia que poderia devolver qualidade de vida a Rosimeire foi solicitada em 2022 pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas até agora ela segue aguardando. Diante da demora, a família buscou uma alternativa em um hospital particular, mas o procedimento custa cerca de R$ 45 mil — um valor fora da realidade da família.

 

Sem conseguir sair do sofá, Rosimeire depende da ajuda do marido e das irmãs para realizar tarefas básicas. “Ela não pode fazer nada sozinha. A gente ajuda como pode, mas é muito difícil ver ela assim”, conta a irmã, Zilda Lourenço.

 

A Tarobá entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo monitoramento das cirurgias realizadas pelo SUS em Londrina. De acordo com a pasta, Rosimeire está sendo atendida pelo sistema de atenção domiciliar, que é de responsabilidade do Governo do Estado e que também deve encaminhar a paciente para a cirurgia. A produção também tentou contato com a Secretaria Estadual da Saúde e aguarda retorno.