Na quinta-feira (13), indígenas bloquearam por cerca de sete horas a BR-272 entre Guaíra e Terra Roxa, reivindicando agilidade na demarcação de terras. O protesto terminou após reunião com representantes do Incra, que se comprometeram a iniciar a avaliação de áreas reivindicadas a partir do dia 23 de junho.
O impasse, no entanto, é antigo. Ele tem origem na construção da Usina de Itaipu, que afetou territórios indígenas. Desde então, o tema passou por diversas manifestações, até que, em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal homologou um acordo para que Itaipu compre, emergencialmente, 3 mil hectares de terras ao custo de R$ 240 milhões.
Apesar do recurso já estar garantido pela Itaipu, a empresa esclareceu que não tem competência legal para identificar, desapropriar ou indicar as áreas a serem adquiridas. Cabe ao Ministério dos Povos Indígenas, Funai e Incra realizar essas etapas, com apoio do Judiciário e do Ministério Público.
O Incra informou que vai iniciar a avaliação das 22 áreas já identificadas pela Funai, com prazo de conclusão até 30 de agosto. Somente após essa etapa será possível concretizar a compra das terras, em sessões de mediação.
Enquanto isso, a população e os próprios indígenas seguem esperando por uma solução definitiva para um problema que já dura décadas.