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CEONC celebra 31 anos com novo olhar para a saúde da mulher

13 jun 2024 às 08:45

No retrovisor, uma história pioneira na região. À frente, um horizonte de esperança e cuidado renovado. É assim que o CEONC Hospital do Câncer de Cascavel comemora neste dia 16 de junho o trigésimo primeiro aniversário, respeitando sua trajetória de atendimento integral aos pacientes oncológicos e seus familiares, e dando mais um passo focado na saúde feminina com a estruturação de um novo espaço dedicado a procedimentos de última geração.


“Nosso objetivo é oferecer um tratamento não agressivo e, acima de tudo, curar”, explica o médico Reno Kunz, pioneiro em oncologia em Cascavel. Nessas mais de três décadas, o CEONC se tornou referência em não apenas tratar, mas também educar a comunidade sobre a importância da detecção precoce e do autocuidado.


O novo espaço, ainda em construção, foi projetado com um conceito que busca reduzir a mortalidade por neoplasias mamárias, que ainda lideram as estatísticas em comparação ao câncer de próstata nos homens. 


“A mamografia segue sendo o melhor exame para reduzir a mortalidade na mulher por câncer de mama. Ela já existe há décadas, mas a nova tecnologia revoluciona o diagnóstico precoce, pois aumenta significativamente as chances de detecção de lesões pequenas, muitas vezes imperceptíveis em exames tradicionais”, detalha o oncologista, reafirmando que “quanto mais cedo identificarmos o câncer, maiores são as chances de cura”.


Inovação permanente

Cascavel deve seu avanço oncológico ao CEONC e ao Dr. Reno, médico cuja dedicação à humanização e inovação transformou o tratamento oncológico na região e o próprio perfil do atendimento na saúde local. Na década de 1980, quando ele chegou, o cenário no Brasil era desafiador, com poucos centros urbanos oferecendo serviços especializados em oncologia. 


“Começamos uma luta para abrir o corpo médico nos hospitais, que tinham um corpo clínico pontual e mudamos o perfil da medicina em Cascavel, abrindo as portas para se tornar este polo em saúde, incluindo uma revolução na oncologia, pois até então os pacientes diagnosticados com câncer só encontravam serviços completos em grandes centros. Buscamos oferecer estrutura adequada aqui”, detalha Reno, que entrou para a história realizando as primeiras cirurgias também no HU, antigo Regional, introduzindo o serviço de radioterapia e quimioterapia na cidade no início da década de 1990.


Com o passar do tempo, seu trabalho foi fortalecido pela chegada de dois colegas de profissão igualmente comprometidos com a oncologia. Junto com os médicos Luiz Sergio Spricido e Luiz Augusto Militão da Silva, formaram uma equipe unida pelo objetivo comum de proporcionar um tratamento oncológico completo, integral e de excelência, garantindo que os pacientes fossem atendidos com dignidade e proximidade de seus lares, dando origem ao CEONC, que desde a fundação é reconhecido pela essência e cuidado humanizado, o que abriu um caminho igualmente único na pesquisa e inovação permanentes. 


Hoje, já se cura mais de 60% dos pacientes oncológicos, e para os demais casos, foca-se na cronificação do câncer, o que proporciona tratamentos que oferecem uma vida normal e prolongada.


Pesquisa constante


Pioneiro que nunca se aquieta em sua busca por inovação e qualidade de vida para seus pacientes, Dr. Reno segue criando mais capítulos no seu legado e incentivando a pesquisa oncológica. No marco de seus 30 anos de história, o CEONC inaugurou um moderno Centro de Estudos e Pesquisas Médicas em 2023. Este centro é dedicado ao desenvolvimento de projetos de pesquisa clínica, proporcionando aos pacientes a oportunidade de participar de estudos com novas drogas e indicações terapêuticas.


“Com o primeiro estudo de caso próximo de recrutar os pacientes após o parecer da Comissão de Ética, em breve daremos mais um passo no nosso propósito de assegurar qualidade de vida e, acima de tudo, prolongá-la”, destaca Reno.


Genética, o futuro


Apaixonado pela genética, Reno mira também para o futuro e vê na genotipagem dos pacientes um caminho para o avanço da oncologia na próxima década, quando será possível identificar mutações antes que o câncer se desenvolva.


“O futuro está na biópsia líquida, que irá substituir os PET scans, liderando uma nova era de diagnósticos e tratamentos”, prevê, reafirmando o compromisso do CEONC em continuar liderando os avanços na região. “O desafio à frente, nos próximos dez anos, é integrar esses avanços com a Inteligência Artificial, para oferecer tratamentos cada vez mais precisos e personalizados”, finaliza Reno.