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Cidades sem horizonte: chuva alivia, mas fumaça e calorão devem voltar ao Paraná

12 set 2024 às 18:23

A poeira e a fuligem dos incêndios mudaram a paisagem de norte a sul no Brasil. O anúncio de mais um dia seco e poluído é percebido logo ao amanhecer, já nos primeiros raios tímidos do sol avermelhado.

 

A imagem pode até ser bonita aos olhos, porém se dá em decorrência da camada de poluição acumulada sobre as cidades.

 

Nos últimos dias, o Paraíba Drone sobrevoou a região de Londrina em horários diferentes, mas a cena era sempre a mesma de uma neblina tóxica. A fumaça densa das queimadas que cobre o céu vem da Amazônia, Mato Grosso e também de países vizinhos. Nesta semana, a Bolívia decretou estado de emergência. 

 

Cidades sem horizonte, uma paisagem encoberta pela fuligem dos incêndios somada a poeira do tempo seco.

 

Nesta quarta-feira (11) a umidade relativa do ar no norte do Paraná despencou ainda mais e chegou aos 24%, considerada uma situação de alerta para a saúde.

 

Para os próximos dias os meteorologistas alertam para a possibilidade de chuva preta, um fenômeno quando há uma grande quantidade de fuligem na atmosfera, a chuva transporta parte dela em direção à superfície mudando a cor da água.

 

Independentemente da cor, a chuva deve trazer alívio à população do Paraná a partir do próximo sábado, melhorando a qualidade do ar. De acordo com o Simepar, a chuva vai atingir todo o estado, durante o final de semana.

 

A chuva também é prevista para o sul e sudeste do Brasil. Porém, grande parte do país deve continuar encoberto pela fumaça. Na região amazônica, por exemplo, o calorão e o tempo seco devem persistir, o que pode trazer novamente a nuvem tóxica ao Paraná, assim que parar de chover por aqui.