Genivaldo Oliveira dos Santos, de 42 anos, natural de Cascavel, é o padre preso sob suspeita de abuso sexual. Nascido em 18 de novembro de 1982, foi ordenado sacerdote em 1º de junho de 2013 e atuou em diversas frentes da Igreja Católica na região.
Durante oito anos, esteve à frente da paróquia Imaculado Coração de Maria, no bairro Periolo, e ocupou funções como assessor arquidiocesano da Pastoral da Sobriedade, da Renovação Carismática Católica e tesoureiro da igreja. Genivaldo também teve atuação na comunicação religiosa, comandando a web rádio “Deus é Maravilhoso” e mantendo forte presença nas redes sociais.
No início deste ano, foi transferido para a igreja São Roque, em Santa Lúcia, onde permaneceu até o afastamento em 14 de agosto, após denúncias de abuso sexual em sua clínica de terapias complementares no centro de Cascavel, prática considerada ilegal pela Polícia Civil.
Em Santa Lúcia, cidade de pouco mais de 3.600 habitantes, os moradores afirmam que o padre, durante seu curto período na paróquia, aparentava ser uma pessoa de bom caráter. Até o momento, não há registros de vítimas na cidade. Ele também é investigado por suspeita de fraude financeira em Cascavel, mas na nova paróquia os gastos eram controlados pela diretoria local.
O Núcleo de Crianças e Adolescentes (Nucria) está à frente das investigações e já identificou seis vítimas diretas. Durante os depoimentos, surgiram ainda denúncias relacionadas a um arcebispo falecido em 2021. As oitivas continuam e várias pessoas ainda serão ouvidas nos próximos dias, com o padre Genivaldo sendo o último a prestar depoimento.