Cidade

Dados do Capag mostram que Londrina tem 96% da arrecadação comprometida

27 nov 2024 às 15:19

Os dados coletados neste mês pela equipe de transição do município, mostram que Londrina tem mais de 96% da arrecadação da cidade comprometida. O Capag, metodologia que mede a capacidade de pagamento de estados e municípios apresenta três índices: um indicador de liquidez, um de endividamento e outro que mede a capacidade de investimentos.

 

Os primeiros dados estão positivos, já o último apresenta resultados que preocupam, já que os números são majoritariamente para pagar as contas da cidade e pouco sobra para os investimentos. Os números fazem referência ao ano de 2023 e deixam Londrina como o único grande município do Paraná nesta condição.

 

Segundo o economista Marcos Rambalducci, que faz parte da equipe de transição, a situação não é considerada um demérito à gestão atual. “Isso significa que Londrina não tem sobras de recursos e a união não se sente confortável em dar um empréstimo para a cidade, por conta do comprometimento. Isso não é demérito para a gestão atual, só mostra uma condição estrutural de Londrina, que com pouco dinheiro conseguiu fazer muita coisa importante para o município”, disse.

 

De acordo com Rambalducci, é possível reverter esta situação. “É possível reverter no curto prazo. A secretaria de fazenda desta gestão está trabalhando no sentido de fazer número que remetam uma nota B, para ter uma capacidade de investimento. O problema estrutural permanece, isso significa que teremos algum tipo de dificuldade, já que Londrina precisa tomar crédito. Se a união não avalizar o crédito, a cidade tem que pegar crédito com agentes que cobrarão muito mais juros”, completou.

 

Uma alternativa apresentada pelo economista, é incentivar a vinda de novas indústrias para o município, para poder balancear a matriz econômica da cidade.

 

“É preciso investir em outros setores, como o turismo que responde rapidamente a entrada de dinheiro. A indústria trazendo dinheiro e o turismo também, cada um em sua velocidade, é o que será necessário para balancear a matriz econômica da cidade”, disse.