O caso do menino que morreu após ser atingido por um carro na calçada em Cascavel continua tendo desdobramentos. Em avaliações das imagens dessa tragédia, defesa da família acredita que a gravidade das acusações contra a motorista do carro deve ser ainda maior.
Hélio Ideriha Jr. assumiu o caso ontem e já tem uma linha de atuação. Para o advogado, o fato de a motorista Márcia Pereira Sobrinho não ter acionado os freios foi decisivo para a morte de Fernando e demonstra que ela queria fugir do local.
Além de contar com o depoimento de testemunhas que já foram ouvidas e novas que serão indicadas à polícia, a defesa da família pretende contar com a tecnologia para comprovar a teoria. Por meio de um software será feita a reconstituição do acidente.
O uso do celular é outro ponto importante para o advogado. A perícia no aparelho é aguardada, mas segundo ele, uma das testemunhas do acidente confirma que Márcia estava olhando para o aparelho antes da batida. Os detalhes serão juntados à investigação na tentativa de que o inquérito seja concluído e a denúncia oferecida não por homicídio culposo, como é tratado no momento pela Polícia Civil, mas como homicídio com dolo eventual, passando de uma possível pena de 2 a 4 anos para 6 a 20 anos de prisão.