Um empresário de Londrina criou uma campanha chamada de “Fica Leão”, para conscientizar contribuintes a destinar recursos para entidades da própria cidade.
O dinheiro do Imposto de Renda que pode ajudar e muito as instituições assistenciais de Londrina, mas que acaba indo para as mãos do Governo Federal. No município esses cursos poderiam virar unidades de ensino para jovens e crianças, abrigos e carros para transporte de idosos e pessoas com deficiência, ou revertidos para estruturar o Hospital do Câncer e melhorar o atendimento de quem sofre com a doença.
Em 2022 poderiam ter sido mais de R$ 48 milhões, mas menos de 2% disso - R$943 mil, foram destinados para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente e para o Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. A fim de mudar esse cenário, o empresário João Barreto, que já tem experiência no assunto, lançou a campanha “Fica Leão. “É claro que hoje os contadores, os contabilistas estão preparados para isso, mas há uma desinformação e o não entendimento de como se faz e é muito simples”, disse.
Pessoas físicas podem destinar até 6% do imposto devido, ou 7%, quando destinado a projetos esportivos. Se a destinação for feita diretamente na declaração, o limite é de até 3% do imposto para cada fundo (crianças e adolescentes e idosos). As empresas podem destinar até 1% para cada fundo, 2% para projetos esportivos e até 4% para projetos culturais ou audiovisuais.
Luciana Alvarez, presidente Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa explica como os recursos são aplicados. “Os recursos são creditados no Fundo Municipal da Pessoa Idosa, quando é escolhido o Conselho do Idoso, que é quem decide pela aplicação dos recursos. A instituição vai apresentar o projeto para o Conselho, que vai avaliar e dizer que ela está apta para receber. Depois que está acreditado, qualquer recurso que entra no fundo, ele é repassado através de um instrumento jurídico. Então tem fiscalização, tem acompanhamento e prestação de contas.”