Os drones já fazem parte da rotina das cidades brasileiras, mas o uso da tecnologia nem sempre está ligado a boas intenções. Em Foz do Iguaçu, uma das regiões mais sensíveis do país no combate ao crime organizado, começou o primeiro encontro nacional dedicado exclusivamente a discutir a neutralização de drones invasores e a proteção de áreas estratégicas.
O evento reúne forças de segurança, especialistas e representantes de empresas que desenvolvem tecnologias capazes de detectar, rastrear e neutralizar aeronaves não tripuladas que atuam de forma irregular. O objetivo é construir protocolos de atuação e definir estratégias nacionais para evitar que drones sejam usados para contrabando, tráfico de drogas, transporte de armas ou para monitoramento criminoso das forças policiais.
Durante o encontro, equipes participam de demonstrações reais em campo, avaliando como identificar rapidamente um drone que ultrapassa limites proibidos, como interromper transmissões e como agir em situações em que esses equipamentos representam risco imediato.
Foz do Iguaçu foi escolhida por estar em uma área de fronteira considerada uma das mais vulneráveis do país, onde criminosos passaram a utilizar drones para observar operações, mapear rotas e até transportar pequenas cargas ilícitas. A intensificação desse tipo de ação levou órgãos de segurança a buscar soluções tecnológicas e operacionais mais robustas.