O sistema de Estacionamento Regulamentado (Estar) de Cascavel, fiscalizado desde julho do ano passado por um veículo da Transitar equipado com câmeras, gerou mais de R$ 2,5 milhões em multas entre janeiro e setembro deste ano. Mesmo após mais de um ano em vigor, o modelo de fiscalização automática, que checa as placas e o tempo de permanência nas vagas, ainda é motivo de dúvidas e reclamações entre os motoristas.
A proposta do Estar Digital é simples: estimular a rotatividade, permitindo que cada veículo permaneça no máximo duas horas na mesma vaga. Não há mais aplicativos nem preenchimento de tíquetes de papel; a fiscalização é feita pelas câmeras do veículo da Transitar, que passa por toda a área regulamentada a cada hora.
A agente da Transitar, Kauane Vitória da Silva, explicou que a fiscalização é contínua. Caso o veículo exceda o tempo permitido, a multa é aplicada. A penalidade por irregularidade é de R$ 195,23 e gera cinco pontos na carteira. O motorista pode ser multado mais de uma vez no mesmo dia caso insista em ficar na vaga.
Apesar do objetivo de dar agilidade, a nova regra ainda confunde os motoristas. Maicon do Carmo expressou as incertezas.
Há também divergências sobre a eficácia do novo modelo. Alguns motoristas, como Andrews Silva, acharam mais fácil encontrar vagas. No entanto, para outros, como Fernando Machado, a dificuldade persiste. "É bem complicado. Eu não sei se é muito carro… tem que ir andando, ficar mais distante", relatou.
De janeiro a setembro deste ano, foram aplicadas 13.127 multas, totalizando o valor de R$ 2.562.593,21 arrecadados pela Transitar com as irregularidades.
Para evitar a multa, quem trabalha no Centro e precisa deixar o carro na rua precisa se planejar, mudando de face de quadra a cada duas horas. O prejuízo por não seguir a regra é sentido no bolso, como relatou o vendedor de uma ótica, que contou o caso de um colega multado.