Nove meses após a morte brutal da biomédica Raphaelle Proferis, a dor ainda é profunda para a mãe, Andrea da Silva. Em entrevista, ela não conseguiu conter o choro ao relembrar a filha e afirmou que sente sua falta todos os dias.
“Acordo pensando nela”, desabafou. Eu sinto falta da minha filha todo dia, e não acho certo ele estar na rua”, disse Andrea.
Raphaelle, de 25 anos, foi encontrada morta no apartamento onde morava com o ex-namorado, no bairro Vila Brasil, no dia 30 de dezembro de 2024. O corpo já estava em avançado estado de decomposição e apresentava sinais claros de violência — o rosto da vítima estava desfigurado.
O acusado pelo crime é o ex-companheiro, Guilherme Negri Sella, que está preso preventivamente desde a data do crime. Agora, a defesa de Guilherme entrou com um pedido na Justiça para substituir a prisão preventiva por internação provisória em uma clínica de recuperação. Os advogados alegam que ele sofre de transtornos mentais e dependência química. A solicitação revoltou a família da vítima.
“Eu sofro tanto pela falta da minha filha... você não sabe o quanto é duro não ter ela de volta. Às vezes acho que é mentira, que ela vai aparecer. Eu não desejo isso pra ninguém”, disse Andrea, emocionada.
Para ela, a possibilidade de o ex-genro deixar a prisão e ser transferido para uma clínica é inaceitável. A mãe da vítima espera que a Justiça negue o pedido e que Guilherme seja julgado e condenado por júri popular.
O assistente de acusação do caso já informou que vai se manifestar contra a solicitação da defesa.
“Se ele fosse tão doido assim, por que nunca fez mal pra mãe e pro pai? Agora é fácil dizer que é doido... Ele foi cruel, mas não tem nada de doido. Eu não aceito isso. Ele tem que ficar preso”, afirmou Andrea, indignada.