A cidade de Goioerê enfrenta uma das maiores crises hídricas da história. Por falta de chuva, os poços artesianos que abastecem a cidade estão bem abaixo da capacidade. Faz três semanas que os moradores têm de conviver com o racionamento.
Em dia de racionamento, água a conta gotas. No tanque, um reservatório improvisado, caso a água demore muito para voltar.
Há quase três semanas os moradores de Goioerê enfrentam o racionamento de água. A cidade foi dividida em regiões. Em cada dia útil da semana alguns moradores ficam sem água das oito da manhã até às dez horas da noite. Na casa da Dona Glória e do Seu José não tem caixa d'água. no dia do rodízio, eles se viram com baldes.
Reduzir o consumo foi a solução que a Sanepar encontrou para lidar com uma das maiores crises hídricas de Goioerê. A cidade, de 29 mil habitantes, é abastecida por poços artesianos e a falta de chuva reduziu a capacidade de fornecimento. Conforme dados da Sanepar, a quantidade de chuva neste ano não chega nem na metade das que foram registradas no mesmo período do ano passado.
Hoje a população de Goioerê consome 6 milhões de litros de água por dia. Atualmente, a capacidade de fornecimento da empresa é de 4,8 milhões. Ou seja, para cada 10 pessoas só há água suficiente para oito delas.
E o racionamento não é suficiente. Para dar conta, dois caminhões pipa buscam a todo momento água em outras localidades.
A gerente da explica que algumas medidas emergenciais estão sendo tomadas. A autarquia deve iniciar em breve a ligação de um novo poço para abastecer a cidade. Em parceria com o IAT, a Sanepar também está fiscalizando a presença de poços clandestinos que podem prejudicar ainda mais o abastecimento.
A Sanepar já adiantou que o racionamento deve continuar. E se continuar sem chuva, sábados e domingos podem entrar no rodízio. Enquanto falta água para os atuais habitantes, novos estão chegando. Este bairro que está nascendo vai ter mais de 500 residências. Para a prefeitura de Goioerê, a solução definitiva seria a instalação de um sistema de captação de água diretamente do rio.
Enquanto a solução não chega, quem continua pagando a conta é a população.