A decoração natalina de Cascavel entra em sua fase final de montagem com a instalação da aguardada árvore flutuante no Lago Municipal. A operação, que exige a interdição parcial da avenida Rocha Pombo, coloca o último item da licitação em andamento e reacende o debate sobre o investimento total da festividade, que ultrapassa os R$ 4,6 milhões.
Cerca de R$ 1 milhão está sendo investido apenas na estrutura do Lago Municipal, levantando questionamentos entre alguns cidadãos sobre a priorização dos recursos públicos. A verba, no entanto, foi viabilizada através de uma articulação do deputado estadual Gugu Bueno junto à Secretaria de Turismo do Paraná.
De acordo com o advogado Alexandre Gregório, os recursos estaduais geralmente possuem destinação específica, impossibilitando que verbas destinadas à Cultura sejam realocadas para áreas como a Saúde.
"As verbas normalmente já vêm com destino certo, ou seja, um recurso que vem para a cultura não pode ser redirecionado para a saúde", explica o advogado.
Aluguel de materiais justifica a maior parte dos gastos
Com a conclusão da árvore, o "Natal de luz e paz de Cascavel" somará um custo total de R$ 4.697.000. A maior parte desse montante não foi destinada à compra de materiais permanentes, mas sim ao aluguel de toda a ornamentação.
A secretária de Cultura e Turismo, Beth Leal, explica que a opção pelo aluguel é estratégica. A medida pode oferecer maior flexibilidade e renovação na decoração a cada ano, além de evitar custos com armazenamento e manutenção de longo prazo.
Apesar da concentração do investimento, a secretária também foi questionada se o recurso destinado ao turismo e cultura não poderia ter sido aplicado em outras frentes dentro das próprias pastas.
Críticas pela concentração da decoração
Neste ano, a prefeitura optou por concentrar a decoração natalina em menos pontos da cidade, focando principalmente na área central. A decisão gerou algumas reclamações e críticas por parte da população que reside em outros bairros.
A secretária Beth Leal também justificou a escolha, afirmando que a concentração visa maximizar o impacto visual e facilitar a gestão da ornamentação em locais de maior fluxo e visibilidade.