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Juiz nega pedido de Anne Moraes para afastar promotora que apura caso da ADA

30 abr 2025 às 18:21

A vereadora e presidente da ADA (Associação Defensora dos Animais) Anne Moraes (PL), entrou na Justiça pedindo que a promotora de Meio Ambiente responsável pela investigação contra a entidade, Revia de Paula Luna, fosse afastada do caso, alegando que ela não estava sendo imparcial.

 

Anne alegou que a promotora seria próxima de um vereador que é adversário político dela. No pedido, a presidente da associação alega ainda que a promotora teria dado informações à imprensa sobre a operação de busca e apreensão realizada em dezembro de 2024 e teria causado prejuízos à sede da associação por conta dessa operação.

 

O juiz responsável pelo caso, João Henrique Ortolano, da 5ª Vara Criminal de Londrina, analisou as acusações e decidiu rejeitar o pedido da vereadora, ou seja, manteve a promotora no caso. De acordo com a decisão, não houve provas de que a promotora tenha agido fora da lei ou de forma parcial. Ainda de acordo com o juiz, a divulgação da operação na imprensa não foi feita pela promotora, mas possivelmente pela própria presidente da ADA em redes sociais. Sobre a relação com o vereador citado, a decisão diz que não existe prova qualquer de influência indevida na investigação.

 

Por fim, o juiz concluiu que não havia motivo legal para afastar a promotora e que o pedido de Anne não tinha base suficiente em provas ou na lei.

 

INVESTIGAÇÃO

 

No último dia 22 de abril, a vereadora Anne Moraes foi intimada pela Justiça para entregar documentos que justifiquem movimentação financeira a entidade. A liminar determinou também que a associação fique sob a responsabilidade da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).  

 

A decisão é referente a uma ação do Ministério Público, aberta em 2019. De acordo com a promotora, foram dadas inúmeras oportunidades para que a presidente da associação regularizasse as situações. Além disso, foi sugerido que não fossem aceitos mais animais, o que também foi descumprido.

 

Em dezembro, uma operação verificou denúncias sobre animais enterrados de forma irregular em uma propriedade rural no distrito da Warta, onde fica situada a sede da ADA, administrada pela vereadora Anne Moraes. No local, os fiscais fizeram escavações para localizar os corpos de animais enterrados irregularmente.

 

A liminar determina ainda que Anne tem no máximo 10 dias, a partir da intimação, para entregar extratos bancários e relatórios financeiros.