O julgamento do caso que ganhou grande repercussão em Cascavel teve início na manhã desta segunda-feira (25), no Fórum da Justiça Estadual. A ação envolve a clínica investigada por aplicar PMMA no rosto de uma paciente, procedimento que teria causado deformações graves.
A vítima, Raquel Dornelles, chegou emocionada e acompanhada da família. O júri começou às 9h e não há previsão de término. Além dos acusados, a médica e o farmacêutico proprietários da clínica, devem ser ouvidas testemunhas e outras 10 pessoas que também relatam complicações após procedimentos no local.
O caso de Raquel ocorreu em junho de 2023, quando ela procurou a clínica para realizar um tratamento conhecido como sculptra, que estimula a produção de colágeno. Segundo a denúncia, porém, o produto aplicado foi polimetilmetacrilato (PMMA), substância permanente e de alto risco quando usada de forma irregular.
A Clínica Revive, onde o procedimento foi realizado, já havia sido alvo de outras denúncias e acabou sendo fechada após a Polícia Civil encontrar diversas irregularidades, incluindo o uso de PMMA.
Na porta do fórum, Raquel falou brevemente sobre as dificuldades físicas e emocionais que enfrenta desde o procedimento. Quem também falou foi o advogado de defesa da clínica, Helio Ideriha Junior.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato, lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da medicina.