A Justiça aceitou a denúncia e o suspeito de matar um jovem de 25 anos a tiros em uma farmácia na zona sul de Londrina, no dia 27 de fevereiro, se tornou réu no processo. No documento assinado pelo juiz Paulo César Roldão, da 1ª Vara Criminal de Londrina, o magistrado indica que existem provas e indícios suficientes para acusar Jander Bezerra da Silva como autor da morte de Willian Aparecido Henrique Ferreira.
As investigações da Delegacia de Homicídios apontam que o
crime foi motivado por ciúmes, já que no passado, a vítima teria tido um caso
extraconjugal com a companheira do acusado. Em maio de 2024, Jander teria
flagrado conversas entre os dois, e até proferido ameaças à vítima, sem ao
menos conhece-la pessoalmente.
O homem foi preso horas após o assassinato de Willian. Em
depoimento ao delegado que registrou a prisão em flagrante, ele inicialmente
negou o crime, descartou uma crise no relacionamento de oito anos com a
companheira e afirmou que estava trabalhando no momento em que tudo aconteceu. Essa
versão foi desmentida pela Polícia Civil.
Na decisão, o juiz de direito também manteve a prisão
preventiva de Jander. Entre a justificativa está que, a imposição de medidas
cautelares alternativas à prisão, como a utilização de tornozeleira eletrônica,
não seriam viáveis, já que o acusado, em liberdade, poderia oferecer riscos à
segurança pública e à investigação. Além disso, a situação acarretaria uma
possível sensação de impunidade, o que poderia estimulá-lo a cometer novos
crimes.
No documento enviado à justiça, o Ministério Público pediu que
a investigação que apura o crime de tráfico de drogas, e que fez o suspeito ser
preso em flagrante, seja desmembrada do inquérito sobre o assassinato de
Willian. Segundo o MP, não haveria uma conexão entre o tráfico e a morte do
rapaz.
A promotoria também solicitou que, em caso de condenação,
seja paga uma indenização por danos morais à família da vítima.